sábado, 27 de setembro de 2008

O grande debate americano, qual o candidato mais idiota?

Não é possível descrever o que se passou esta noite no debate entre os dois candidatos à presidência dos EUA. Os homens que disputam a liderança do país mais poderoso do mundo são dois idiotas que dizem e pensam exactamente o mesmo. Muito pouco ou quase nada. O espectáculo continua e os actores estão a cumprir bem o papel para o qual estão a ser pagos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Como se torna o capitalismo invencível?

A resposta tem vindo a ser encontrada crise após crise. A solução para o combate a cada uma das crises sistémicas (mas aparentemente conjunturais) é a aplicação de medidas aprendidas do socialismo mas invertendo o objecto. Tornando o estado numa ferramenta para manter as fortunas dos que perderam na roleta russa do azar dos mercados. Como quem controla o estado é a mesma gente que controla a economia, o capitalismo torna-se invencível e por mais incrível que possa parecer o capital continua a circular nas mesmas mãos mesmo com o sistema financeiro a colapsar.

Hoje, num dos noticiários da SIC Notícias, num pequeno debate entre Martim Cabral e João Pereira Coutinho ficou claro que a simples ideia de querer colocar em causa o sistema capitalista é como desatar a anunciar a invasão de marcianos. Os liberais acreditam religiosamente nos mercados e na forma como eles funcionam. Enquanto Martim Cabral fazia uma crítica muito leve à falta de regulação dos mercados financeiros, João Pereira Coutinho falava em algo mais devastador. Segundo ele a culpa desta crise é justamente das sucessivas intervenções estatais no sacrossanto mercado. São estas intervenções que fazem com que o mercado não funcione em pleno não existindo um verdadeiro sistema económico liberal.

Por aquilo que temos ouvido, e é preciso ter em conta que hoje o ouvimos do presidente actual dos EUA, a não intervenção do estado sobre os mercados financeiros poderia representar um desastre e potenciar uma crise internacional de proporções incalculáveis. Poderia mesmo tornar mais credível a anúncio da invasão dos marcianos ou do fim do determinismo capitalista. Claro que Bush não ouviu a sábia intervenção de Pereira Coutinho na SIC Notícias senão teria imediatamente parado com o plano mega milionário de salvação financeira porque isso, segundo aquele comentador só estraga o capitalismo. Acontece que estas intervenções aparentemente socializantes são exactamente a salvação do sistema.

Os milionários de Wall Street podem sempre estar certos que, independentemente do mal que fizerem e do parasitarismo económico que espalharem no mundo, a mão contraditoriamente socializante do estado irá salvar as suas fortunas roubando dos contribuintes em geral. E algum tempo mais tarde, por pouco mais que nada devolverá à iniciativa privada as empresas salvas de dívidas para que novamente sejam entregues às lógicas do mercado que as destruiu.

Quanto aos que não conseguiram pagar as suas casas e viram os seus bens penhorados são apenas danos colaterais neste ciclo vicioso de invencibilidade do capitalismo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Regras básicas para uma saúde financeira ou como escapar ao determinismo capitalista (I)

O capitalismo é por si mesmo dependente do mercado e este é ganancioso e anseia pela liberdade total e por todas as formas de se libertar de qualquer regulamentação. O determinismo capitalista dita que todos sejamos consumidores num mercado global carregado de super-produção de artigos desnecessários. Existem formas simples de escaparmos a esse determinismo sem termos de viver à margem da sociedade mas também sem termos de ser involuntariamente consumidores. A escolha é nossa a todo o tempo em que temos a consciência do que acontece à nossa volta.

Se todos somos compradores obrigatoriamente é falsa a ideia de que tenhamos de ser consumidores. A publicidade e o marketing são ferramentas ao serviço da sociedade de consumo para nos trazer a informação sobre os produtos e serviços disponíveis. Mais do que isso fazem-nos crer em algo mais que os produtos e serviços em si elevando-os à categoria de promotores de “status”. Uma das ideias a ter em consideração para nossa defesa é que não necessitamos de “status” para rigorosamente nada e que o dinheiro é um bem precioso e cada vez mais caro que deve ser tido como um bem material importante para um percurso de vida estável e seguro. O capitalismo e o mercado não asseguram trabalho como direito, pelo que não asseguram o seu próprio ciclo de sobrevivência através da manutenção do consumo igual em todas as camadas populacionais. E como podemos constatar através dos mais recentes acontecimentos reveladores da crise sistémica do sistema capitalista à escala global não existe uma preocupação com essas mesmas camadas. O sistema apressa-se a proteger as instituições financeiras vítimas de todo o tipo de má conduta e acção especulativa criminosa mas não protege os verdadeiros prejudicados com estes jogos perigosos, aqueles que se vêem impedidos de pagar os seus empréstimos porque se vêem sem dinheiro e com os seus bens imóveis altamente desvalorizados.

Um dos factores a ter em conta para não sermos engolidos por esta orgia de necessidades falsas e de créditos que nos teimam em querer enfiar pela goela a toda a hora é nunca deixar ultrapassar a importante fasquia dos cinquenta por cento. Nunca devemos sequer considerar obter créditos que correspondam a mais de metade do vencimento ou dos rendimentos mensais. O sistema faz crer que os créditos são fáceis mas existem factores que os podem tornar difíceis depois de contraídos ou mesmo impossíveis. A possibilidade do desemprego ou de problemas de saúde que possam impedir o cumprimentos de créditos com esforços demasiado elevados é um factor sempre a ter em conta. Pode mesmo salvar famílias de situações dramáticas no futuro.

Lembre-se que a internet é hoje um veículo inesgotável de informação. Uma família de camadas baixas e médias baixas da população não podem dar-se ao luxo de gastos com produtos culturais e de entretenimento. Por muito que as teorias consumistas liberais incentivem a estes gastos a realidade desmente a compatibilidade de uma boa saúde financeira das famílias e de gastos supérfluos com este tipo de produtos. Quer isto dizer que as camadas mais baixas não têm direito à cultura e à educação? É precisamente isso que é pretendido pelo sistema. Uma família de camadas mais baixas não pode dar-se ao luxo de adquirir literatura, música, filmes ou outro tipo de arte uma vez que ao rendimento familiar já falta para bens aparentemente mais essenciais. A internet é assim o veículo que, tendo sido criado para um fim radicalmente diferente, consegue trazer até nós todas as formas de conhecimento e cultura por um preço relativamente baixo. A obtenção de bens culturais por meio informático é mais barata e pode representar mesmo uma redução significativa de gastos com este tipo de produtos. Mais ainda se recorrermos à partilha de ficheiros, fundamental para a partilha do conhecimento e para a democratização dos produtos culturais. Os artistas não perdem por essa via, antes pelo contrário. O seu nível de conhecimento e reconhecimento públicos aumentam exponencialmente e a crescente independência dos criadores perante as políticas editoriais dos grandes grupos editores é um factor positivo na democratização da criação artística.

O cartão de crédito é uma ferramenta mas pode também ser uma corda no pescoço dos mais incautos. Deve sempre ser usado na sua função de retardador de pagamento e nunca na função específica de crédito. Reúna tantos quantos lhe sejam oferecidos mas todos a cem por cento de pagamento. Utilize-os sempre que seja permitido mas sempre tendo em conta o dinheiro que representa cada uma das transacções. Porque é o cartão de crédito positivo? Os bancos fazem tudo para acelerar as entradas de capital e para retardar as saídas. Novas regras obrigaram a que as transferências interbancárias fossem mais rápidas que as 72 horas que demoravam em média há cerca de dois anos. O dinheiro em caixa é importante para os bancos. Veja por exemplo o que se passa com a presente crise dos mercados financeiros americanos. Muitas instituições tanto de investimentos como mesmo de depósitos não têm dinheiro para pagar a todos os seus clientes caso resolvam resgatar o que lhes pertence. Muitos clientes não têm eles mesmos dinheiro para pagar as dívidas excessivas contraídas e os seus bens não valem o suficiente para sequer cobrir as hipotecas. Repare que, se tem um crédito à habitação, a maior parcela de dinheiro pago à sua instituição de crédito vai para juros durate bem mais de metade da duração do crédito. A parcela para amortização de capital é mínima. Se tiver um problema grave no décimo ano do seu crédito verá que o capital em dívida será praticamente igual ao que devia no primeiro dia. Assim, o cartão de crédito pode facultar pagamentos adiados desde que sempre usado conscientemente e nunca representando mais do que dez a vinte por cento do rendimento médio mensal.

A poupança é o grande tabu do capitalismo. Qualquer sistema capitalista necessita de um consumo elevado. No entanto esse consumo tem vindo a tornar-se contraditório uma vez que a ganância tem obrigado a deslocalizações de grandes indústrias para países onde a mão-de-obra é bastante mais barata. Se por um lado isso gera maiores lucros por outro é nesses países que se reflectem os números dessa produção tendo depois a respectiva correspondência nas balanças comerciais. Mesmo com esta contradição, apenas mais uma entre muitas, é na poupança e no esforço para que seja possível reter uma parcela mesmo que pequena do rendimento mensal e aplicá-la em produtos simples e directos como depósitos de curto prazo normalmente oferecidos como produtos exclusivos de subscrição on-line em muitos dos bancos. Uma das formas de conseguir poupança é fazer muitas vezes as mesmas contas e nunca sair à rua sem “listas de compras” que impeçam de olhar para o lado para produtos que não pertencem à real necessidade. A necessidade gera compradores. O impulso e a irracionalidade geram consumidores. Não é por acaso que não existem associações de compradores mas sim de consumidores. E já agora, a talhe de foice, as associações de consumidores que por vezes se levantam como estão agora a querer fazê-lo com a questão dos combustíveis são as mesmas que impedem o estado de regulamentar as relações comerciais e os preços no dia-a-dia. Ora, se confiam no mercado e depois se revoltam contra a sua arbitrariedade parece que temos mais uma situação como aquela que ditou as recentes “nacionalizações” das dívidas das principais instituições de crédito americanas.

sábado, 20 de setembro de 2008

Uma Esquerda com crédito!




O universo da Esquerda é muito interessante e sempre gostei de ler sobretudo o que escrevem aqueles que, ao contrário de mim, sabem escrever e vão partilhando nestes espaços tão importantes nos dias que correm que são os blogs (ou blogues para os que prefiram à portuguesa). Daí que me sinta algo triste com a fusão, à laia de grupos económicos que vivem no mundo das fusões e aquisições, e consequente desaparecimento do blog Zero de Conduta onde gostava de debicar alguns pensamentos convergentes ou divergentes mas quase sempre inteligentes.

Por outro lado o blog do televisivo Daniel Oliveira nunca me inspirou grande interesse talvez por conhecer a cara do autor e por não gostar da sua participação no programa televisivo. Não sei porquê, é daquelas coisas que não se explica, de tão explicadas que estão. Esta fusão no novo "arrastão" parece-me um passo para o lado de alguns elementos de uma esquerda cor-de-rosa, mais Morales menos Chávez.

..e ao que parece a publicidade vai ser uma presença constante pelo que, dispenso! Esquerda patrocinada pela Flexibom? Não, obrigado!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Como a vida pode ser uma colecção de filha da putices...

...em memória dos tempos em que uma puta da uma professora de História me disse que nunca passaria com ela na escola pública por pertencer a um determinado partido. Como mandá-la foder não me resultou em suspensão mas também não tive a frieza para lhe dar o tratamento que realmente merecia restou-me a consolação de um 18 no ano seguinte com outro professor... no Portugal democrático com complexos do Portugal fascista foi aí que compreendi que a luta a travar neste mundo é muito mais profunda que a existência em si.

E essa memória é avivada com outras tiranias a que assisto a cada dia que passa por vermes vestidos de importância incapazes de vivenciar o poder como uma coisa positiva e construtiva. Todos aqueles que retiram do poder toda a satisfação na humilhação e na subjugação dos mais fracos. Não é retórica. É prática comum vivenciada por milhares de pessoas nas escolas, nos locais de trabalho ou mesmo em casa no que supostamente é o ambiente familiar. Os tiranos de pacotilha devem ser depostos dos seus pedestais construidos na base do lambe-botismo tão português.

For RICK... wish you were here...

As falsificações da História e as mentiras do petróleo

Assistimos durante alguns meses a uma escalada do preço do petróleo. Foi justificado o aumento dos preços com o aumento da procura principalmente por parte dos países cujas economias são emergentes como a China ou a Índia numa explicação de uma simplicidade que pertence aos níveis básicos do entendimento de como funciona um mercado. No entanto esse mesmo mercado parece ter sofrido alguns fortes abalos que direccionaram aquele que é suposto ser um bem altamente escasso e em vias de atingir aquilo a que designam como “pico” para uma descida para níveis novamente abaixo dos 100 dólares.

Esse mesmo mercado ditou, pelas mesmas vias especulativas o rebentar de instituições insufladas com falsos valores e que viram a sua situação chegar aos limites insuportáveis de insolvência ou piedade nacionalizadora. O mesmo mercado que insuflou o valor do dinheiro a da suposição do cheiro do dinheiro é aquele que se vê brigado a deixar cair os frutos da sua mesma contradição ou então levá-la ao extremo da nacionalização dos prejuízos insanos do criados pela loucura gananciosa do capital privado.

De um modo muito resumido o estado Norte-americano está a assumir as custas da irresponsabilidade e da loucura especulativa do mercado de capitais lançando para os contribuintes a obrigação de financiar pelos seus impostos as falências dos bancos privados. É de tal forma insustentável que já não foi possível tomar uma atitude proteccionista para a Lehman Brothers como fora antes tomada para outras instituições de muito maior porte.

As medidas de protecção nunca visaram as principais vítimas deste processo. Os tomadores de empréstimos sobre-valorizados ou sobre-avaliados não viram quaisquer medidas que lhes permitisse sair da situação de insolvência pessoal ou familiar. Por outro lado os bens imóveis têm um valor ridiculamente mais baixo e mesmo assim sendo não são vendidos. Existe um excesso de oferta e o valor dos imóveis não chega para cobrir o valor das hipotecas. Parece que podemos encontrar algum paralelo na atitude de facilitismo dos bancos portugueses na concessão de créditos à habitação com avaliações por cima e com concessão de créditos sobre créditos para outros bens associados. No mercado português as casas usadas também têm vindo a desvalorizar. Será um sinal a ter em conta na economia nacional?

Mesmo quando a mentira sobre a questão petrolífera - que assim mesmo ainda não pressionou os governantes do mundo a investirem em fontes alternativas e renováveis de energia nomeadamente para o sector dos transportes – parece ter sido mais uma vez atirada para o campo das explicações racionais no campo da ciência económica assistimos a uma necessidade crónica de que o preço deste tão cobiçado produto desça nos mercados internacionais. Necessidade evidente puxada a ferros aos principais interventores nas movimentações especulativas no mercado petrolífero. Interventores esses que são precisamente os mesmos que vão caindo que nem baralhos de cartas por causa de outras manobras arriscadas neste mercado global. A descida do preço do crude está presente como mais uma cena de mais um capítulo para a manobra de manutenção no poder dos Republicanos nos EUA.

A manobra consiste em manter a sensação de algum controlo económico num factor que é fundamental para os americanos, tão fundamental que é o motivo para terem encenado a falsificação sistemática do 11 de Setembro, a intervenção no Afeganistão, a perseguição à sua protegida e financiada Al Qaeda, a intervenção no Iraque, as intervenções em background na Bolívia e na Venezuela para desestabilização ou mesmo separatismo, a encenação das manobras na Ossétia do Sul contra a Rússia pelo controlo dos pipelines existentes e programados.

É pertinente que se questione toda esta questão em torno do petróleo porquanto não cessa (antes pelo contrário) a pesquisa por novos pontos de extracção. O Brasil, por exemplo, já se tornou auto-suficiente e mesmo exportador. Por outro lado, depois deste abanão o consumo reduziu mesmo contando com a procura dos mercados emergentes, o que demonstra que, com uma racionalização e uma aposta na investigação de alternativas viáveis o “pico petrolífero” não resulta num problema de maior. As alternativas ensaiadas revelaram-se desastrosas e mesmo obscenas se tivermos em conta as soluções dos agro combustíveis.

As contradições do mercado tornam-se cada vez mais ridículas. Enquanto o estado americano financia a EXXON em Portugal e Galp é presenteada com perdões fiscais através de manobras contabilísticas que transformam o que pretendia ser uma taxa sobre mais-valias num benefício em altura de descida do preço da matéria-prima. O preço do crude tem vindo a descer contudo os preços do produto refinado nos revendedores de combustíveis não tem sentido essa mesma descida e as entidades reguladoras olham para o lado.

Se a História se repetir teremos daqui a dois anos McCain como presidente dos EUA. O Irão terá sido já “intervencionado” que é como quem diz invadido. A Venezuela terá um novo presidente. Hugo Chávez irá morrer com uma bala perdida ou com um golpe de estado. Morales na Bolívia retirar-se-á da política ou será também ele abatido. A Geórgia fará parte da NATO e a Rússia terá de novo a sua força militar direccionada para a próxima Europa cliente e adversária no tabuleiro de uma política incompreensível. O petróleo poderá subir de novo para valores bem mais elevados desta vez. A EU terá a sua constituição aprovada.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Richard Wright - O génio discreto




Faleceu o teclista da maior banda de todos os tempos, os Pink Floyd. Não é possível pensar noutra situação em que as coincidências da vida possam ter reunido pessoas que criassem um conjunto de seres e identidades tão complementares entre si. Os Pink Floyd foram, mais que muma banda, um símbolo de como é possível criar ao nível máximo de entrega, de criatividade, de génio artistico uma obra ímpar e irrepetível.

Richard Wright era o elemento mais discreto muito embora tenha sido um dos membros fundadores. Também teve uma carreira a solo pouco significativa em termos de projecção embora brilhante em qualidade. No entanto é a criatividade no quarteto britânico que vai projectar a equipa que desde sempre foram os Pink Floyd (ainda antes de terem este nome) para os mais elevados níveis de criação artistica traduzidos em trabalhos heterogénos com um fio condutor que apenas se quebra com a edição de "The Final Cut". Wright e Gilmour voltam mais tarde a ensaiar um projecto que mantendo o mesmo nome e o mesmo espírito não tem a mesma filosofia criativa dos Pink Floyd até à liderança algo forçada do elemento mais criativo, Roger Waters. Rick Wright estava um pouco ao lado, ou talvez acima, (bem como Mason a bem da verdade) dessas questões que ditaram o fim do projecto musical mais criativo de sempre dentro do universo da música contemporânea. ELe participou mais directamente do que antes nos processos criativos dos dois álbums de originais "A momentary Lapse of Reason" e "The division bell", os últimos trabalhos originais da banda ainda designada por Pink Floyd.

Para mim pessoalmente é o fim de toda a esperança sebastianista de que alguma vez poderia ver um novo álbum de originais unindo toda a banda e dando um final feliz ao maior e mais profundo conjunto de criadores do rock progressivo sinfónico e da música contemporânea em geral. Estes homens fazem parte do crescimento de muitos homens e mulheres que se formaram enquanto pessoas a ouvir Pink Floyd e que têm nos seus temas referências nas memórias pessoais tendo-as ligadas certamente a muitos momentos específicos. São músicas às quais não se pode ficar indiferente. São criadores de muito mais que música. Antes um universo próprio e uma linguagem de um misto estranho de negativismo realista a esperança infinita e ingénua.

A seguir ao desaparecimento de outro dos membro fundadores há muito afastado da banda e do mundo real ou da lucidez, Syd Barret, morre com Richard Wright mais um pedaço de cada um de nós, pinkfloydianos neste mesmo dia. Vivam os Pink Floyd e que Richard Wright seja relembrado e celebrado a cada som inconfundível dos seus teclados...


Photo by www.pinkfloyd.co.uk

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

E então... nem uma bombinha de carnaval?

Muitas esperanças cairam por terra hoje. Para além de ter ouvido numa superficie comercial uma cliente a reclamar com um tom de voa ligeiramente elevado a aludindo ao facto de que se fosse cigana e falasse mais alto poderia ter outro resultado, dizia eu, tirando esse facto este 11 de Setembro foi um tédio.

Ao que parece nem uma bombinha de carnaval rebentou hoje. Talvez a CIA já não esteja interessada em provocar mais atentads. Talvez o tráfico de droga e os seus proventos ainda não tenham rendido o suficiente para planear uma nova peça tão bem encenada. Ou simplesmente o governo dos EUA esteja a direccionar todos os seus esforços para as "manobras" em curso para levar McCain à presidência da Guerralândia. Talvez alguém tenha sido descuidado o suficiente para colocar imagens de Cavaco Silva no Youtube.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11 de Setembro

Hoje é o aniversário da maior fraude histórica das últimas décadas, talvez mesmo dos últimos séculos. Os alegados atentados sobre o WTC em New York, a elaborada mentira do ataque ao pentágono e a sombria história do vôo 93 deixam-nos a sensação de que nunca se poderá saber a verdade.

Nesta mesma data mas do ano de 1973, a mando das mesmas "cabeças", morria no Chile Salvador Allende naquela que foi a verdadeira tragédia do 11 de Setembro e que roubou décadas ao progresso na américa latina e ao desenvolvimento de uma verdadeira alternativa popular e democrática que poderia ter inspirado processos semelhante sum pouco por todo o mundo.

domingo, 7 de setembro de 2008

A lógica do capitalismo...

... é socializar os prejuízos e as falências obrigando os contribuintes a pagar pelo desastre oo mercado.

As duas proncipais sociedades de créditos imobiliários nos EUA passaram hoje par ao controlo governamental. Não se trata de uma nacionalização mas na prática funciona enquanto tal. Esta é a prova que o mercado necessita de manobras intervencionistas como esta quando as coisas correm mal aos privados. Aqui optou-se por uma solução de capitalismo de estado mas não deixa de ser toda uma sociedade a pagar o falhanço da especulação parida no mercado.

Com a passagem da Fannie Mae e do Freddie Mac para os comandos do estado que já numeou os senhores que se seguem à cabeça destas instituições deveria terminar um mito. Mas tal não sucede porque o sistema capitalista é perito em camuflar as suas falhas, mesmo as maiores. Resta saber por quanto tempo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Angola vai às urnas...




Com seis anos volvidos sobre o momento em que este país conquistou a paz chega a vez de se realizar um processo eleitoral fundamental neste processo de desenvolvimento angolano. Os dirigentes deste país entenderam que seria o momento de darem o passo seguinte ao desenvolvimento económico alcançado pela conquista da paz e viram no processo de democratização à imagem e semelhança dos processos europeus uma oportunidade para conquistarem perante estes uma legitimidade do voto popular expresso em urnas.

Angola pode ser um país de contradições incríveis sendo que a maior delas é a distribuição populacional onde cerca de metade dos habitantes se encontram a residir dentro ou nas periferias de Luanda, a capital. Este facto deve-se quase em exclusivo às décadas de guerra que este povo teve de enfrentar. É necessário que se compreenda que Angola e o seu milagre de crescimento nos últimos anos continua a ser amputada ainda por antigas feridas de guerra. Por exemplo a quantidade se solos tremendamente ricos para agricultura encontram-se ainda cobertos por minas. O esforço internacional sobretudo de algumas ONG europeias tem vindo a conseguir o desmantelamento de muitos destes artefactos mas continuam a ocorrer acidentes que vão tirando a vida ou em muitos casos diminuindo fosicamente muitos habitantes principalmente jovens.

Angola é um país rico em tudo. Recursos naturais que vão desde o petróleo aos diamantes ou gás natural. Solos extremamente férteis numa parcela gigantesca do país justamente quanto as reservas alimentares se tornam mais importantes que nunca. Rico em oportunidades de todos os tipos para todos os negócios e para todas as ideias. Angola é um país de futuro, tem sobretudo a riqueza do seu povo.

Apesar de não me rever na actual estrutura política angolana rendida às formas ocidentais de fazer política e de criar riqueza sem a preocupação da sua redistribuição tenho de saudar a forma inteligente como têm sido conduzidos os destinos do país e sobretudo as recusas das formas de desinformação que muito se têm tentado como manobras para desacreditar uma evolução e crescimento claros. Evolução, claro está, num processo capitalista globalizado onde China e Portugal têm tido as suas oportunidades que devem agradecer a um país e um povo que não guardou as mágoas de uma colonialização ainda há pouco tempo expurgada.

Confesso que, na minha óptica pessoal preferia uma Angola governada por um Agostinho Neto. Os tempos são outros e a guerra custou décadas de atraso. Ditou sobretudo um crecimento com todos os compromissos com todas as formas de capitalismo. Será uma luta para outros tempos que virão a seguir à criação da riqueza terá de vir necessariamente a sua manutenção e justa redistribuição. Claro está que terá de ser pelo povo angolano e não criarmos uma nova forma de colonização económica.

O que se vai passar amanhã é o segundo passo para a criação de mais uma enorme potência mundial a ter em conta. Paz e prosperidade para o povo de Angola sejam quais forem os resultados destas eleições!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

As manobras e a UE

Agora é a vez de entrar em cena mais oficialmente a UE através da sua cimeira que condena a Rússia e abre portas a uma abertura de fronteiras com a Goórgia.

A UE pretende que as tropas russas voltem a ocupar as suas posições anteriores à invasão da Ossétia do Sul pela Geórgia e mais se exige que este país volte atrás no reconhecimento das independências tanto da Ossétia como da Abkhasia.

Dentro a UE as posições mais duras partem justamente dos países de leste que guardam alguns ressentimentos agora estrategicamente aproveitados pela NATO e UE a mando do império americano.

Veremos as cenas dos próximos capítulos...

CDS-PP e a violência doméstica

Subitamente o CDS-PP acorda para as questões que normalmente são lançadas a debate pela esquerda. E isso tem uma razão de ser. Contudo o CDS-PP faria muito mais por este assunto se alertasse e sensibilizasse directamnte os praticantes deste tipo de crime que são na sua génese os potenciais eleitores de partidos conservadores como o próprio CDS-PP.