terça-feira, 24 de novembro de 2009

As novas tribos...

As novas tribos passeiam-se nos Shoppings a qualquer dia e a qualquer hora repletos de companhia das famílias que vão disfarçando as múltiplas formas de solidão. As novas tribos refugiam-se por trás do cartão, enquanto este tiver números para debitar. As novas tribos são maioritariamente desfazadas de todas as realidades, desalinhadas com todas as formas de desalinhamento.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vale a pena pensar um pouco sobre os novos conceitos em Recursos Humanos

Uma peça interessante, claro que políticamente marcada, mas nem por isso deixa de ser interessante e de merecer uma reflexão profunda sobre as novas práticas de gestão e de gestão de recursos humanos. Diria no termo correcto, de gestão desumana de recursos.

A ler aqui.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Hmm, já cheira a Natal!...

De facto, mesmo com as narinas algo entupidas devido às normais e constantes ameaças de constipação que são apanágio desta época - e isto depois de já ter contribuido para as estatisticas daqueles que já tiveram gripe dos pobres, e dos que ainda não contribuiram nem vão contribuir para o enriquecimento ilícito da idústria farmaceutica às custas de uma enorme vigarice que é esta suposta nova estirpe e a descoberta fulminante da sua vacina (valha-nos a ignorância a a cultura do medo sobre os pobres tolos) - já se sente o cheiro putrefacto da época natalícia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O que dizer quando nada é novidade...

De facto, tudo o que tem vindo a acontecer um pouco por todo este mundo e na nossa pequena amostra em particular, nada de novo nos trouxe deste o meu último post com algum conteúdo. Tudo permanece exactamente na mesma.

Não tudo, claro. Eu próprio não permaneço na mesma. Mas isso não tem qualquer interesse. A vida dá efectivamente muitas voltas antes de se esgotar. E quem pensar que ela é uma construção garantida e previsível que se desengane. Daí que é estranho que na vida das pessoas em particular existam por vezes verdadeiras revoluções quando no geral, na sociedade enquanto identidade colectiva (se ainda nos é permitido utilizar esta linguagem provavelmente considerada arcaica) nada de novo se passa. Tudo continua na mesma ilusão de que tudo existe de uma forma que não é, na realidade, aquela que se nos apresenta.

Continuamos com a ilusão de que vivemos em sociedades democráticas e livres. Temos a triste ilusão de sermos protagonistas de uma História que é escrita em meia dúzia de mesas por meia dúzia de pessoas que conseguem permanecer aos comandos de um mundo que supõe não ser sequer comandado. bom, há quem acredite que é comandado mas por uma mão invisível mais ou menos subtil de uma inteligência superior. Não seria de facto difícil existir uma, mas felizmente isso não sucede. Desengane-se quem acredita em Deus porque tal como a democracia, Deus é apenas mais uma mentira. Ainda por cima daquelas que qualquer réstea de racionalidade apaga com toda a simplicidade.

Agora comemora-se por aí a queda de um muro que ocorreu algures no tempo há 20 anos. Ao que parece essa queda pariu maravilhas e tudo passou a viver de acordo com as leis globais que regem as sociedades modernas e também globais. Ocorre que muito do que foi construido do outro lado e destruido do lado de cá, começa a transparecer. Uma mentira repetida mil vezes pode até tornar-se verdade, mas uma verdade murmurada à exautão pode tornar-se audível. É tudo uma questão de nos entendermos. É possível que tenha chegado a um consenso global de que é preciso sacrificar e hipotecar a verdade e a humanidade em prol da sumptuosidade de uma minoria? Pelos vistos esse consenso foi alcançado há precisamente 20 anos quando caiu o muro de Berlim. As pessoas não queriam muros estre a certeza da pobreza mas a dignidade da construção social em liberdade, igualdade e justiça, e a possibilidade da riqueza mesmo que por cima da miséria e aniquilação de outros. As pessoas preferiramm claramente os BMW aos Trabant. Quem não o faria? Se fossemos alemães estaríamos a celebrar a queda daquele muro. Se fossemos ocidentais porque achariamos que chegara a vez dos nossos irmãos de leste conhecerem a beleza e a diversidade do mundo capitalista. Se fossmos orientais, porque teriamos atingido o tão esperado sistema que nos permitia, como individuos sermos tudo aquilo que a nossa imaginação nos possa dar. seríamos livres finalmente para dizermos tudo o que quisessemos desde que nunca contra quem supostamente nos garante o sustento. Bom, então não há grande diferença, afinal. A liberdade ganha não foi uma conquista assim tão pomposa quando a realidade da economia engoliu os empregos e as indústrias do leste alemão. As verdades traduziram-se numa ocidentalização lenta mas eficaz mas que se vê a cada passo falhada nos seus propósitos mais teóricos.

Tal como dizia, isto é tudo letra do mesmo texto. Nada disto é novidadde. Há precisamente 20 anos debatiam-se (termo simpático para dizer "enterravam-se") as ideologias e o seu fim nestas revoluções mais ou menos silenciosas contra sistemas tão putrefactos quanto os nossos actuais o são. A questão aqui é percebermos que os erros do passado nunca podem apagar ideais de futuro. infelizmente, nada de novo.