Num ambiente de crise,que não sendo conjuntural, é sem sombra de dúvidas, estrutural, impõe-se que a grande arma contra todas as soluções que nos querem fazer entender como sendo as únicas e as inevitáveis, seja a imaginação e a vontade de contrariar precisamente todas essas soluções. é certo e sabido que o esquema bem montado nos impede de escapar para lá de determinados limites.
Mas também é certo que, nessa imaginação, nessa fonte inesgotável de criatividade que o ser humano tem quando quer efectivamente ter, estão todas as respostas para a construção de novos caminhos, ou de velhos com novas roupagens, que nos possam devolver a dignidade, fazendo quebrar todos os elos de dependências parasitárias que os presentes sistemas têm como sua própria essência.
Criar, produzir, construir, resistir, persistir e lutar, são palavras que devem voltar a fazer parte da nossa linguagem corrente. Devem-nos guiar, a cada um no seu espaço com o intuito de aplicarmos conhecimentos e talentos de forma não só eficaz como eficiente.
Nestes dias aparecemos rendidos a dois tipos escumalha diferente. Àquela que nos desgovernou durante décadas e nos afundou na ausência de produção de quase todos os tipos criando e aprofundando formas intensas de dependência. E àquela que, aproveitando-se oportunamente da primeira, vem agora colher os restos de um país afundado na sua própria falta de senso, insanidade colectiva pelo delírio de grandeza consumista, quando em contrapartida nada se produz que efectivamente contraponha os gastos que nos fazem querer ter.
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