O homem é um pouco rude, faz pela vida. Toma o gosto às boas andanças. Solta um sorriso fácil, levanta a flanela da perna das calças. Remata a mola com o fecho macabro e solta-se a mão fácil a passear-te nas costas. Há um olhar de farsante, um estilo de esgoto e uma voz que não esconde as horas a cantar as cantigas da escola dos artolas. Há a esperteza do Chico, a forma adocicada da fala que enrola. Há o escarro pendente para marcar território. Desvia o olhar, como quem diz "não me fodam" quando aponto o dedo e digo, ali vai, é aquele, o montador de cavalos de ferro...
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