quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A MAGIA DO SETE

Lembra-se de ouvir os senhores que nos governam a suplicar pela aprovação do Orçamento de Estado, porque caso contrário seria uma catástrofe nos mercados e não teríamos quem nos emprestasse a juros relativamente decentes? Bom, convinha que nos explicassem os entendidos porque motivo, têm os Estados soberanos de depender da banca privada para o seu financiamento. Mas isso são vacas de outra manada. Ontem chegou a triste notícia de que os juros de empréstimos a este saudável país ultrapassaram os sete por cento. E isto com o Orçamento de Estado aprovado e com todas as condições que foram negociadas mais uma vez entre os dois grandes partidos e que vêm também mais uma vez fazer recair os sacrifícios sobre os mesmos de sempre.
É algo de interessante observar que nos nossos dias a política deixou de existir e de fazer sentido. As directivas e as estratégias são definidas pela banca. Os países são propriedade da banca. Ou seja, o poder está na mão de entidades que não são eleitas por ninguém e que representam apenas e só os seus próprios interesses corporativos, familiares e pessoais. O mundo capitalista é uma gigantesca máfia cada vez mais descoberta e descarada e com povos cada vez mais coniventes com o seu próprio esvaziamento de poder.
Penso que está na altura de retirarmos “O Capital” das prateleiras das bibliotecas… antes que saia o “Mein Kampf”…