quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Transformação social

Estamos na rampa final para mais um processo eleitoral onde vamos ser chamados a dizer quais os deputados que queremos ver na Assembleia da República. Sim, este é um ponto crucial para compreendermos como está deturpado o nosso sistema eleitoral. Não vamos eleger, como nos querem fazer entender, o primeiro-ministro. Esse é indigitado pelo Presidente da República e não tem de ser necessariamente o vencedor das eleições. O que vamos eleger é um conjunto de deputados que vão compor o hemicíclo e que vão conduzir este sistema semi-democrático.

É importante que se distribuam os votos por forma a compensar quem está nas diversas frentes e a castigar quem as abre. Castigar aqueles que durante décadas têm destruido este país mesmo que travestindo essa destruição de modernidade. Certamente não é útil o voto que plantar mais deputados dos dois monolitos políticos que são os dois partidos do tão designado "bloco central". Claro que a referência não é inocente. Querem algumas forças da sociedade reavivar esta solução porque têm medo do veredicto popular. Apesar de tudo fazerem para a manipulação grosseira do voto, ainda conseguem falar vezes sem conta nesta solução absurda que nos atiraria para mais cinquenta anos de um obscurantismo neo-salazarista.

O verdadeiro voto útil é aquele que for depositado em consciência fora dos principais partidos do sistema. É fundamental reforçar principalmente os partidos à esquerda do PS e principalente a coligação encabeçada pelo único partido verdadeiramente vertical no nosso país, o Partido Comunista. Fundamental para um processo de transformação social de novo tipo. Sem cópias ou colagens, é com estes homens e mulheres que o futuro nascerá se o quiserem viver de forma mais humana, democrática e justa. O processo pode mesmo começar aqui.