quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mais sobre Cuba

Eis que surgem as primeiras notícias de iniciativas do novo presidente cubano. Claro que Cuba está necessitada de um grande consenso na América Latina por forma a conseguirem livrar-se do pesado bloqueio de décadas. Sendo assim o presidente Raúl Castro decide encontrar-se com o representante... do Vaticano.

Claro que o Vaticano está permanentemente em manobras diplomáticas. Até se falou da possibilidade da visita de Bento XVI à ilha. Será que Fidel é que está doente mas Raúl é que se encontra senil? Para que raio querem eles a visita do líder da instituição que mais apoiou as mais violentas ditaduras da América Latina plantadas pelos Estados Unidos? É sabido que a mioria dos cubanos são católicos mas isso não me parece uma justificação a não ser que, tal como os próprios Estados Unidos, o Vaticano ainda tenha esperança em que Cuba venha a ser aquilo que nunca foi com Fidel, um país seguidor dos mais importantes princípios cristãos, como o Chilie de Pinochet. Porque é certo que se em vez de Fidel, Cuba tivesse tido um Pinochet não teriam havido bloqueios mas antes ajudas.

Como costumo dizer, quem viver verá o que daqui vai sair...

Estranhos consensos para uma triste realidade

Não fiquei surpreendido com as palavras proferidas pelo Eng. Belmiro de Azevedo sobre o nosso sistema fiscal e sobre o modo como estado português se tem vindo a financiar. Afirma o empresário que os impostos elevados têm sido a base de sustentação do estado bem como o aumento dos preços dos serviços tem sido a base do crescimento e manutenção dos lucros dos bancos. Belmiro compara assim duas realidades muito idênticas. Contudo, a questão do estado e da forma como este se comporta a nível fiscal é muito mais complexo.

Muitos poderão afirmar que a carga fiscal em Portugal não é das maiores. Mas quando dão exemplos de países onde essa carga fiscal é maior reparamos que são países onde o nível de vida é muito melhor e onde os sistemas de protecção social funcionam. Ou seja, as pessoas compreendem para que servem, na prática, os seus impostos.

Em Portugal isso não sucede. Muito pelo contrário. Deparamo-nos com uma triste realidade em que tanto as empresas como os particulares se vêem sobrecarregados de impostos, vivem para pagar impostos e o resultado disso é uma ineficiência total na distribuição das receitas fiscais. O país perde competitividade, e isso é importante, mas pior ainda é que não consegue transformar uma sobrecarga fiscal em serviços de qualidade prestados pelo estado.

Os erros processuais têm sido uma constante numa instituição que tem tentado sacar dinheiro indiscriminadamente a todos quantos não se podem defender, permanecendo os mais poderosos ao abrigo das perseguições do fisco. A Justiça tributária actua como uma espécie de justiça à margem do sistema judicial geral e mesmo até do sistema democrático. Na realidade, estes senhores podem fazer tudo quanto queiram em nome de meras desconfianças. A actuação destes serviços é um perigo para a própria democracia. Os processos de penhoras têm decorrido apenas sobre quem não tem quaisquer possibilidades de fuga. A injustiça está na base do sistema e da sua aplicação por interesse político e por necessidade básica de sobrevivência económica. Os políticos, na sua incapacidade crónica de gerir o país vão roubando os cidadãos apropriando-se dos seus bens.

É um estranho consenso. Não que tenha quaisquer complexos em concordar com o Eng. Belmiro de Azevedo. Ele diz muitas coisas com as quais tenho de concordar. O que não invalida o facto de considerar que ele pertence ao grupo de pessoas que está a transformar este país num gigantesco centro comercial ajudando a matar os pequenos negócios e a transformar esses pequenos empresários em empregados das grandes superfícies comerciais. E ao fazê-lo está a preparar uma corrida que levará a um monopólio no futuro onde, logicamente, os preços vão ter tendência a subidas enormes.

É que a crítica do Eng. Belmiro aos bancos até está correcta mas deveria olhar mais para o seu próprio negócio. Quando o Continente absorveu o Carrefour em Portugal os preços dispararam com a entrada da marca continente. Isso é tão visível que em algumas das lojas Carrefour o fluxo de clientes diminuiu logo após as primeiras semanas.

Mais reafirmo que, enquanto não forem cumpridos os pressupostos pelos quais o estado nos cobra impostos continuamos a lidar com um estado quem não é nem socialista nem capitalista. É um estado ladrão. E a DGCI é uma instituição terrorista que vai, em seu nome, fazendo a pilhagem.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Um acontecimento histórico que passou (quase) despercebido

O Chipre foi às urnas e escolheu claramente o caminho da busca da reunificação. Demetris Christofias, do AKEL - Partido Progressista do Povo Trabalhador do Chipre, venceu as eleições com 53,36% dos votos num sufrágio onde participaram mais de 90% dos cidadãos eleitores.

Christofias torna-se assim no primeiro presidente Comunista de um país da UE o que se torna relevante para todos os outros partidos da esquerda socialista no espaço europeu.

Torna-se cada vez mais claro que a propaganda anti-comunista vai deixando de fazer efeito aos poucos não obstante o facto de toda a comunicação social estar nas mãos dos seus maiores opositores e fazer sempre questão de transmitir essa mesma imagem. O anti-comunismo vai deixando de ser uma moda. É certo que nasceram outras esquerdas socialistas e muitos partidos comunistas transfiguraram-se pouco restando dos velhos combates.

Estou certo que algumas mudanças críticas eram necessárias para que se pudesse dar o ressurgimento da confiança num ideal que foi mutilado por uma História pouco favorável. As experiências sociais do socialismo científico revelaram-se desastrosas em muitos aspectos mas a ideia base continua por trás do que faz mover as mais diversas esquerdas socialistas nesta europa globalizada pela negativa. Uma esquerda que volta a querer assumir o seu papel internacionalista, ou como chamam novas tendências "alter-globalista".

O AKEL é um partido com uma história muito importante e espera-se que possa vir a desempenhar um ainda mais importante com o processo que se segue para reatar o diálogo com a parte cipriota governada pelos turcos.

Embora aparentemente tenha pouca importancia a nível mundial, os olhos de todos os progressistas devem estar aqui bem concentrados. Experiências como o "Die Linke" na Alemanha podem muito bem vir a projectar um futuro bem diferente aos povos europeus. A mudança não está apenas na América Latina com os resultados do Fórum de São Paulo a dar amplos fruto numa viragem à esquerda deste sub-continente.

O facto de um Comunista haver sido democraticamente eleito num país da União Europeia elimina todas as desculpas para uma intervenção externa de pressão para resultados adversos na sua governação. É óbvio que isto é incómodo para Washington e Londres no entanto não é este o tempo e o espaço para intervir na europa como o fizeram por outras partes do mundo. Grande parte deste mundo está com as atenções voltadas (positiva ou negativamente) para as eleições nos EUA e para os resultados práticos das mudanças que irão ser produzidas após este ciclo.

Apenas mais uma nota de rodapé. Estranho que na esquerda portuguesa apenas o Partido Comunista Português se tenha manifestado, congratulando-se com esta vitória eleitoral.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ainda bem que temos os carros e os computadores topo de gama e uma vida de luxo, no terceiro mundo têm... saúde?

O nosso Serviço Nacional de Saúde é um desastre. E isso já todos nós sabemos. Tornaram-no num desastre para que possa servir de uma boa desculpa para a proliferação de uma oferta provada paga a peso de ouro por quem pode. Ou pior ainda paga por todos os contribuintes para benefícios de alguns.

Deparei-me hoje com um texto publicado no jornal cubano "Granma" na sua versão digital. Ao que parece lá também existem computadores, mas não só.

"A vida de Vânia Correia, jovem portuguesa de 29 anos, natural de Porto Alto, em Santarém, a 80 quilómetros ao norte de Lisboa, mudou bruscamente aquele dia de fevereiro de 2003.

Como consequência de um acidente com maquinaria agrícola, sofreu lesões nas vértebras, com perda do cabelo e desfiguração de uma parte de seu rosto. Passado um mês em estado de coma, despertou com a triste realidade que estava paralisada do pescoço para abaixo. Nove meses de internamento e de fisioterapia no Centro de Reabilitação de Alcoitão conseguiram uma recuperação parcial da mobilidade dos braços.

Vânia sempre esteve convencida que podia voltar a andar e recuperar o movimento das pernas. Ao ter conhecimento do trabalho que Cuba desenvolve nessa área, enviou sua história clínica ao Centro Internacional de Restauração Neurológica (CIREN), de Havana, e mediante uma campanha de recolha de fundos que incluiu doações e espectáculos artísticos, reuniu a quantidade necessária para a viagem.No dia 10 de Setembro do ano passado, o canal RTP N anunciou finalmente a saída de Vânia para Cuba. O diário 24 Horas, que seguiu de perto o caso, reproduziu no dia 17 de Outubro declarações da própria jovem a partir do CIREN, onde, após sessões diárias de reabilitação, reconheceu sentir-se muito feliz e ter conseguido progressos importantes. "Estou a tentar caminhar com a ajuda de barras de suporte que reforçam as minhas pernas. Também estou a fortalecer os meus braços".

A publicação Global Notícias informou do regresso de Vânia a Portugal, a 11 de Novembro passado, para submeter-se a novas operações que corrigirão sequelas do acidente.Os seus progressos foram bons e a reabilitação deu seus frutos. Dotada de próteses externas nas pernas, movimenta-se com a ajuda de um andarilho especial e umas barras de apoio. Com a voz mudada e sem poder dissimular seus desejos enormes de voltar à ilha do Caribe, para continuar o tratamento, afirma: "Ganhei força na perna esquerda e já consigo movimentar o pé. A mão esquerda se abre um pouco, tem mais força. A perna direita é a que está mais um pouco lenta. Mas conseguirei", sublinha.

"Devido ao nível de paralisia que tinha, os profissionais da saúde ficaram assombrados com minha evolução. Ninguém se imagina como me sinto. Não tenho palavras. Tentarei viajar para Cuba outras tantas vezes como possa, até que os médicos me digam que já não é possível evoluir mais.

"VANIA NÃO É A ÚNICA

O caso de Vânia não é o único que conhecemos através da imprensa. Diariamente, chegam-nos informações de Simão Ferreira, Catarina, Tiago Tavares e outros tantos.

Simão Ferreira, menino de 21 meses com irritabilidade cerebral, um raro caso de epilepsia conhecido como Síndrome de West, foi tratado durante três meses em Cuba. Em declarações ao Correio dá Manhã seus pais falam de um verdadeiro "milagre" e uma mudança "como da noite por dia". Antes, o menino chorava ininterruptamente durante 19 horas diárias, dormia pouco e rejeitava todos os alimentos. Agora dorme oito horas seguidas e não vomita.

Catarina, igualmente com paralisia cerebral, ao retorno de Cuba experimenta "melhorias visíveis", segundo sua família, e mostra-se mais disposta e animada, o que alimentou as esperanças da família de voltar e repetir o tratamento.

E Tiago Tavares, de 11 anos, também com paralisia cerebral, foi um caso muito seguido pela SIC. Dois anos depois, ao retorno de sua segunda viagem a Cuba, no dia 7 de Setembro de 2007, os espectadores estupefactos viram Tiago entrar caminhando no estudio de televisão, ajudado pela mãe.

Laura Tavares, mãe de Tiago, diz que os médicos cubanos são diferentes dos portugueses "quanto aos métodos e a formação". Os seus métodos de tratamento se baseiam "em uma fisioterapia intensiva e em bloco, em que cada músculo do corpo é exercitado, diariamente e durante todo o dia".

Num artigo publicado no dia 8 de Outubro no órgão regional O Setubalense, a jornalista Ana Maria Santos diz que "é cada vez maior o número de pacientes portugueses que buscam em Cuba a solução para seus problemas de saúde e se alguns não pedem a cura, pelo menos esperam obter uma melhoria na qualidade de vida que em Portugal não podem obter (…) e muitas dessas pessoas, portadoras de doenças consideradas sem cura, viajam ao país caribenho na busca de algum milagre e do qual algumas vezes retornam contando que o têm conseguido"."

É um caso para pensar que a nossa via de transformar a saúde numa actividade mercenária poderá estar a anos-luz de distância de uma qualidade pretendida, já que não seja a nível científico, pelo menos a nível humano. E muita humanidade falta na nossa democracia tão cumpridora dos direitos humanos. E eu que pensava que a saúde era um deles.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Terrorismo oficial de estado, ou porque não anda este país para a frente...

Sempre sonhei escrever um texto com um título comprido. Comprido e com uma verdade daquelas que magoam o nosso sentir mais profundo. Por muito anti-nacionalista que seja não consigo deixar de gostar deste país e de ter a noção de que vivemos numa situação insustentável. A incompetência dos nossos políticos desde a fundação da nação mas sobretudo desde o pós 25 de Abril tem sido desastrosa para o povo português.

Vários tentáculos do estado nasceram e desenvolveram-se para manter todo um rol de injustiças e de ridicularias e transformaram o saque desavergonhado e a pilhagem vil em letra de lei. As instituições do estado liberal dos parasitas que nos governam e bem melhor se governem são organizações de terrorismo de estado. Ladrões comuns protegidos pela lei e pelo vício de lei. É para eles necessário fazer hoje o que a igreja católica fazia há uns séculos atrás, chamar a si toda a propriedade. Pretendendo ser um estado liberal é um estado terrorista e saqueador para manter os cargos e as benesses às classes dirigentes. E saqueia através do público para beneficiar sempre o privado à boa moda do novo liberalismo. O mercado é que controla mas o dinheiro e os monopólios ajudados pelos amigos no poder é que controlam o mercado.

Pior que al-qaeda, que IRA ou ETA só mesmo a DGCI. O terrorismo de estado do mercado liberal e da injustiça fiscal em prol dos senhores do poder.

A cada português que esteja e condições de emigrar, que nunca envie um único cêntimo para esta centrifugadora de dinheiro comum. A cada trabalhador que lute constantemente para que não lhe seja furtada uma parcela substancial do valor do seu trabalo em favor, não de um estado social mas de uma sociedade mafiosa de estado que nos governa. A cada pequeno empresário, que por todos os meios contorne as regras e leis que fazem do fisco o maior usurpador dos seus bens. Que os rouba nos seus rendimentos pesoais, de negócio e de trabalho de cada um dos funcionários.

Derrotar esta máquina infernal é derrotar o estado ápodrecido deste país. Repito que não sou nacionalista. Pelo contrário sou um iberista e um europeísta convicto. Contudo é impossível ver o país onde nasci ser brutalizado por estes vandalos de gravata sem alguma revolta.

Lutar contra o terrorismo é eliminar estes senhores, se não com armas e revoluções porque passaram de moda, que seja nas urnas. O voto branco, o voto nulo e sobretudo o voto na oposição aos dois partidos do saque são fundamentais para fazer finalmente acordar este país do sono profundo em que mergulhou após o PREC.

Que outro caminho?

O processo revolucionário em Cuba parece estar de pedra e cal. Fidel Castro, mesmo havendo sido eleito deputado nas últimas eleições, renunciou a uma nova possível nomeação para a presidência do Conselho de Ministros e para a posição de Commandante em Chefe das forças militares. É uma decisão esperada e preparada para que não aconteça em Cuba o mesmo que aconteceu à URSS de Gorbachov.

O mais estranho é que, merecendo a revolução cubana uma atenção especial por todas as esquerdas e mesmo por todas as direitas, haja hoje uma expectativa de que algo pode vir a acontecer ali que pode mudar radicalmente a face política do regime. A essa ideia respondem de Miami com aplausos. Dali espera-se não só a morte física de Fidel como a morte do regime cubano. Dai e de muitos outros lados, icluindo de alguns pouco esperados. Muitas esquerdas folclóricas esfregam as mãos de contentes. Esperam uma Cuba regressada à sua anterior posição de bordel e casino dos americanos para depois pregar por uma outra via de um socialismo que não conseguem defenir. As esquerdas socialistas sem socialismo alinham pela mesma bitola das direitas sem moral.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

O comboio...

São quase três horas da madrugada. Ouço o apito algo frenético do comboio que passa. Aproximo-me da janela para o ver na sua marcha lenta. Vai carregado, ou talvez não. Nao interessa. Espero pela última carruagem. Espero pelo último comboio.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Profissões em saldos

Não é novidade nenhuma que as relações de trabalho se estão a tornar cada vez mais precárias. O recurso a estratégias como o contrato informal através de relação efectiva e continuada no tempo a recibos verdes é disso um exemplo crescente. Mas a maior das bizarrias nesta área prende-se justamente com os seus profissionais.

Seria suposto, que os profissionais ligados aos recursos humanos fossem acima de tudo pessoas capazes de encontrar as soluções certas para as necessidades apresentadas, mas hoje o que lhes é pedido é cada vez mais contraditório com as suas funções e com o que aprendem nos seus cursos.

E a dificuldade principal dá-se logo ao inicio com a sua própria integração no mercado de trabalho. Os profissionais de recursos humanos recém-licenciados ou recém-chegados ao mercado são bombardeados com propostas de estágios não remunerados que, na prática, apenas representam aquilo que lhes vai ser pedido durante a sua carreira como profissionais nesta área, que consigam o melhor trabalho pelo menor custo possível. Neste caso e em cada vez mais casos em outras áreas trata-se pura e simplesmente de trabalho gratuito. E o trabalho gratuito nestes sectores sensíveis representa uma desvalorização sistemática e uma descredibilização dos profissionais em questão. Qualquer bom profissional de recursos humanos só pode considerar uma humilhação desmedida estes anúncios constantes de empresas sem escrúpulos que procuram este tipo específico de mão de obra. Um bom profissional, que está seguro de que sabe e de que tem valor não pode nunca aceitar este tipo de desvalorização da sua profissão a não ser que esteja já convicto de que o seu trabalho futuro não vai passar de conseguir para os outros o mesmo que conseguiu para si mesmo. Um bom negócio para o patrão e um péssimo negócio para o profissional.

Num mercado em que as empresas de recursos humanos têm vindo a crescer e a ocupar uma importante fatia na colocação nomeadamente de trabalhadores temporários é caso para reflectirmos sobre a importância dos profissionais de recursos humanos aos quais se juntam pela negativa outros profissionais ligados às áreas dos serviços sociais dos quais sempre se espera o trabalho voluntário e a dedicação plena.

Profissionais sem auto-estima fazem empresas desumanas e ineficazes. A exagerada rotatividade de quadros geram a despersonalização e a desumanização das empresas e transforma cada funcionário numa bomba humana potencial. E a génese de tudo isto pode muito bem estar nas cedências demasiadas por parte de quem tem a responsabilidade de escolher as pessoas certas para os lugares certos.