terça-feira, 28 de abril de 2009

Como se montam e desmontam as mentiras

Sobre Cuba muito se diz, na grande maioria das vezes sem qualquer conhecimento sobre as realidades efectivas da vida do povo cubano. Esta sequeência de vídeos procura mostrar como se monta no ocidente uma mentira escabrossa sobre Cuba. Mais ainda, pretende desmontar essa mentira numa luta desigual contra tudo e todos os interesses que querem ver aquele país desistir de um projecto único, cheio de erros e lacunas mas também pleno de sucessos principalmente tendo em conta a realidade económica. É preciso que se reconheça que é aqui mesmo no ocidente e na Europa e EUA que se montam todas as fantasias sobre um regime pretensamente ditatorial e ao mesmo tempo se nega a outra parte, o outro lado da informação. Claro que ninguém tem a totalidade da razão mas deveriam ter, pelo menos, alguma vergonha na cara quando confundem jornalismo com invenções sobre realidades que não conhecem nem querem dar a conhecer. Cuba representa hoje a possibilidade clara da negação de que o individualismo dos sistemas liberais represente uma sociedade positiva. Cuba apresenta-se ao mundo na humildade de país pobre que reconhece a sua pobreza mas que, como qualquer pessoa humilde, oferece aos outros aquilo que tem em benefício das comunidades. A negação deste facto, independentemente de julgamentos políticos é, só por si, de uma desonestidade intelectual gritante e merece uma forte contestação.

Os que, com o mesmo espírito, vêem nestes vídeos de exercício desigual de contraditório, uma mera manobra de propaganda, devem procurar, pelo menos, fazer um exercício de visão e audição. Cada um que julgue por si. O que o canal público basco fez no programa que é comentado e dissecado é nada mais que aquilo que se faz todos os dias e a toda a hora em toda a comunicação social privada ou pública (os interesses são os mesmos) no ocidente. FIca a voz do outro lado. Fica a desmontagem da estupidez do novo jornalismo profissional e dos debates entre iguais a simular democracia. Fica mais um pedaço de desmontagem da farsa totaliária em que vivemos.





sexta-feira, 24 de abril de 2009

E porque não... um novo 25 de Abril?

Do antes e do depois existem muitas diferenças. Um é mau, o outro é pior. A revolução não se cumpriu porque era suposto não se cumprir. E o caminho que se seguiu foi o que era suposto seguir. Tudo está determinado para que se cumpra neste contexto global da internacionalização da fraude totalitária do banditismo político e económico. Pelo menos ainda temos restos da constituição de 76, que foi uma das mais progressistas do mundo. Pena que não tenhamos tido tempo para a viver e aproveitar. O estado foi entregue de mão beijada e nas urnas precisamente aos inimigos do estado. E a festa recomeçou...

Puta que os pariu! Que se faça Abril de novo!

domingo, 12 de abril de 2009

Para que fique claro, de uma vez por todas



É bom fazer uma leitura do decreto-lei que regula os presentes estatutos do BPN. Para que não restem dúvidas sobre a natureza e a segurança desta entidade bancária.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As coisas que me fazem lembrar...



Por vezes temos de ir buscar aquelas coisas que são parte da história das nossas vidas (mesmo quando não as vivemos até por impossibilidade temporal) porque nos foram transmitidas por aqueles que viveram e construíram realidades que hoje são muito difíceis sequer de imaginar.

Não é nenhuma novidade para qualquer amante da música progressiva mas para todos os que desconhecem esse universo tão rico fica o exemplo de como se perdem no nevoeiro das necessidades comerciais os melhores trabalhos da vida de muitos artistas.

Espero que ainda um destes dias este senhor nos volte a brindar com algo desta qualidade e se deixe de fazer aquelas patetices comerciais.

... novamente o mesmo discurso do medo e a teorização dos inimigos.

Chega a ser anedótica a questão que hoje foi levantada sobre o alegado míssil da R.P.D. da Coreia como é absurda a perseguição à intenção do Irão desenvolver um programa nuclear. Afinal quem decide quem são os bons e quem são os maus? Quem pode ser portador do armamento mais mortífero sob a ideia da protecção do mundo e quem se apresenta como seu inimigo? Não é compreensível tanto assanhamento perante uma consequência lógica da (até agora aparentemente inevitável) uni polaridade imperialista. Principalmente quando a "força" que nos tem vindo a guiar pela "luz" da verdade democrática e liberal nada argumenta perante a força militar e capacidade nuclear de estados pouco recomendáveis como Israel ou, pior ainda, o Paquistão.

Esta força arbitrária que funciona com uma lógica irracional, como uma religião que nos faz distinguir os bem e os mal intencionados do planeta, quer-nos levar a crer que a Coreia do Norte ou o Irão são menos humanos, menos civilizados, menos capazes do sentido de auto-preservação ou que não se sentem tão cobardes perante o risco de não existência. O mesmo sentimento que os ricos têm perante a miséria. Esta auto-preservação dos ricos tem-se traduzido politicamente nesta forma clássica e já gasta de sistemas económicos baseados pura e simplesmente na exclusão de muitos para a manutenção do poder e opulência de poucos. A mesma lógica se aplica aos povos que são vistos como bárbaros à luz do dogma liberal ocidental. Não interessa aqui saber, porque não é isso que está em causa, se as formas de poder de cada um destes países é a ideal. Até porque sabemos que a forma ideal de poder é precisamente aquela que está por realizar. Sabemos que o Irão tem questões pertinentes que devem ser analisadas à luz dos direitos humanos e que a ideologia Juche da Coreia do norte não é propriamente o sistema mais agradável de se viver por ter transformado a ideologia numa forma avançada de religião militarista. Mas há uma verdade que tem de ser dita. Nenhum destes países tem na sua História tantas vítimas quanto aqueles que, orgulhosamente armados de todo o tipo de armas (até de biológicas que não hesitaram a usar em algumas partes do mundo) se têm oposto ao desenvolvimento de programas nucleares por estes dois países.

Só poderia compreender uma postura desse tipo vinda de quem se propõe a promover o desarmamento progressivo de todo o planeta no que diz respeito a armas de destruição maciça. Mas esse está longe de ser o caso. Bem pelo contrário. Pelo que a União Europeia e os EUA unidos na sua aliança monolítica imperialista e auto-preservante da supremacia económica, política e moral ocidental, mantém uma espécie de modernas cruzadas contra infiéis de qualquer parte do mundo onde se ouse desafiar a verdade dessa supremacia.

Um mundo multiplar é urgente.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O que há de errado neste "filme"?

FAIANÇAS BORDALO PINHEIRO. Governo anuncia que a continuidade desta empresa está garantida e que foi encontrado um comprador para a maioria do seu capital que vai garantir a laboração e a manutenção dos postos de trabalho.

Em declarações à TSF o representante da Visabeira (empresa que adquire agora mais de 75% do capital das Faianças Bordalo Pinheiro diz que o negócio correspondeu a um investimento de cerca de 1,8 milhões de Euros por parte deste grupo, juntando este negócio à OPA que será lançada pela Visabeira à Vista Alegre. Disse o mesmo representante que iriam de imediato procurar novos mercados e novos negócios e que nada poderia adiantar quanto aos postos de trabalho que, à partida, tudo indica que serão mantidos.

O ministro da economia declarou que a participação do estado para a salvação das FBP foi de dois milhões de Euros, mas fez questão de salientar que “não foi só meter dinheiro na empresa”, uma vez que o negócio envolveu também “a renegociação das dívidas aos bancos e à segurança social”. Quanto aos postos de trabalho garantiu que nem um se perderia.

Fazendo um apanhado de tudo isto é simples perceber que o estado contribuiu para a regularização das dívidas da FBP pagando 2 milhões de euros dos contribuintes. Por outro lado, e depois de limpa a casa, entrega-a a um grupo privado disposto a fazer o sacrifício de investir 1,8 milhões de euros para adquirir a maioria do capital da empresa em questão não procurando sequer a contrapartida da obrigação da manutenção dos postos de trabalho em causa.

Perante estas informações algo deve estar certamente errado neste "filme"...

1,9 milhões para a administração da CGD

Atente-se no artigo publicado aqui sobre a remuneração dos sete administradores da CGD no ano de 2008. Reflectir sobre isto é um imperativo nos dias que correm. É de lembrar que no dia de ontem foi anunciado que, com toda a probabilidade, atingiremos os dois digitos nos números oficiais do desemprego até ao final do corrente ano.