quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

Manipulação

Somos tanto mais manipuláveis quanto maior for a sensação de que somos verdadeiramente livres. A própria sensação de liberdade é ela mesma já produto final elaborado da requintada forma de manipulação que nos faz conviver pacificamente com todas as contradições de um sistema podre, decadente e desumano.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

RPWL

Deixo por aqui alguns temas desta interessante banda alemã.







RPWL e Ray Wilson

De um período infelizmente esquecido dos Genesis, aqui reproduzidos pela fantástica banda alemã RPWL. A presença fugaz mas muito pertinente de Ray Wilson (aqui como convidado em concerto pelos RPWL) quebrou a mediocridade da fase final dos Genesis de Phil Collins e trouxe-nos um excelente trabalho, "Calling all Stations". A conhecer...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Não era suposto o OE e os PEC's terem resolvido isto?

Não era suposto a aprovação do Orçamento de Estado de 2011 na generalidade e os PEC's terem resolvido isto? Ou estão as agências de rating a soldo de algum interesse maior?

http://economico.sapo.pt/noticias/juro-de-portugal-avanca-e-ja-esta-acima-dos-67_107222.html

FOX News. A verdadeira face americana...

Raramente se vê televisão que mostre a face verdadeira de um país e de um povo. Creio que estes curtos minutos resumem de forma inigualável a debilidade intelectual e humana da elite conservadora americana, aquela que sempre governou e continua a governar o até agora ainda mais poderoso país do mundo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aldrabices e outras sacanices

Agora querem-nos fazer entender que algo e o seu oposto são uma e a mesma coisas. Assim, para melhorar a economia e promover o emprego pretendem gerar-se mecanismos para tornar mais fácil, ou pelo menos mais barato, despedir. O resultado é óbvio. Aumento dos despedimentos. Aumento do desemprego e contratação por muito mais baixos salários e com vínculos ainda mais precários para as mesmas funções.

100.001, José!...

E bem merecidas cada uma dessas referências que existem na internet sobre fantástico tema. Pena que neste concerto o JC tenha optado pelo amigo Seargent em vez de um guitarrista capaz de tocar este tema. mas até aí está uma grande atitude, só se perdeu um pouco na música...


sábado, 11 de dezembro de 2010

Uma tal de crise

Dizem que estamos em crise e vemos que famílias de baixos recursos fazem créditos sobre créditos para comprar iPhones. A imoralidade do capitalismo e do consumismo nesta permanência e reforço da "Engenharia do consentimento" de Bernays, ampliada pela sua própria contradição de Individualismo crescente, gera uma sociedade que tende a implodir à medida que envelhece e apodrece. Adeus civilização ocidental!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mais uma vez o Wikileaks

À falta de outro expediente eis que começam já as movimentações dos serviços secretos com vista a assassinar moralmente julian Assange, fundador da Wikileaks e acusado de violação e detido pela polícia britanica. Como se pode ver aqui.

O terrorismo das secretas americanas e dos seus fieis cães de guarda não tem limites, como se sabe desde sempre na História das mesmas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Interlúdio

A pensar nos (certamente fantásticos) concertos destes senhores por terras lusas, fica um pequeno cheiro de música...



JAMES - Getting Away with it

(dedicado a mim mesmo, por uma vez na vida)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dá que pensar...



Excerto de "The Century of the self" de Adam Curtis (BBC)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Quanto à precariedade...

Não só as artistas...também os Gestores de Recursos Humanos... pelo menos os actores e as putas não têm de trabalhar de borla...


Ainda o Wikileaks...

Uma questão importante sobre a qual muitas mentiras foram reproduzidas e amplificadas pelo nosso governo, prende-se com os voos ilegais da CIA com prisioneiros para Guantanamo. O Ministro Luís Amado jurava então a pés juntos nada saber e prometia mesmo a demissão caso se provasse.

Embora essa prova não esteja expressa aqui, a verdade é que devemos ter em atenção a pequenos pormenores de conteúdo deste fax publicado pelo Wikileaks e traduzido e publicado no site Esquerda.net

terça-feira, 30 de novembro de 2010

WIKILEAKS

Parece que temos muitas novidades no Wikileaks que comprometem diplomacia Norte-Americana e de outros países, amigos, aliados, compadres, companheiros de tantas lutas e labutas. Parece que, tal como sempre pensei, o Irão é uma questão de teimosia e interesses dos amigos árabes que defendem uma guerra mais. A visão americana sobre o mundo é de um paternalismo imperialista sem limites e os pormenores das revelações diplomáticas ali vertidas vão a ridicularias que, para eles são os pontos mais importantes. Os pontos fracos mesmo que dos nossos amigos podem sempre servir-nos no caso de quererem deixar de o ser.

update: Há uma onda de terrorismo informático contra o "Wikileaks" por parte do grande império. Os conteúdos vão estando permanentemente em baixo. O que escondem os senhores donos do mundo da populaça?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Obama, a marca...

Uma visão que partilho.

sábado, 20 de novembro de 2010

Paradoxos

É um paradoxo que o presidente mais adorado dos Estados Unidos das últimas décadas fora das fronteiras daquele país, seja o mais violentamente odiado pela maioria das pessoas do seu próprio país. Depois da imagem dada por George W. Bush, barack Obama teria mesmo de ganhar as eleições, especialmente porque a alternativa era em tudo semelhante em estilo a Bush. Os americanos queriam e esperavam bem mais. Ou melhor, esperavam bem menos. Elegeram Obama não por ser melhor mas por ser diferente e por ser mais tolerado além fronteiras. os americanos não suportam a ideia de serem odiados quando concebem de si mesmos a ideia de salvadores do mundo. Odiaram desde logo o nome, a cor, o estilo, o discurso, a forma e não viram que entre candidatos a diferença prática na governação. Iria ser pouco mais que uma absoluta nulidade.

Obama chega a Portugal como o líder do que chamam o país mais poderoso do mundo. o país que tem a maior dívida de todos (lembra-nos alguma coisa?) e que produz conflitos em toda a parte e os alimenta para ter uma indústria de armamento saudável e para que as suas alianças sejam sempre mantidas no receio de que amanhã sejamos nós os inimigos da verdade americana. A verdade que incutiu durante tanto tempo o medo constante de ameaças diversas vomitando propaganda nos mass media, sobre invasões que seriam, bombas que cairiam, inimigos que chegavam, teias de horror e terror constante envolvidas na mais profunda convicção que o mundo é melhor governado sem Estado, entregue exclusivamente aos interesses das corporações, dos senhores do dinheiro e da guerra. Obama não mudou de todo o paradigma da política americana mas mudou radicalmente e de forma artificial a imagem dos EUA no mundo.

Lidera país que, por um lado continua a insistir num bloqueio criminoso a um pequeno e inofensivo país que é Cuba, e por outro lado esquece os mesmo argumentos na sua relação com a China que detém uma grande parcela da dívida americana. Estamos perante algo que é paradoxal mas sobretudo que é imoral porque não se tratam de princípios e valores mas antes de negócios bem montados. Negócios que foram muito bem delineados e que levaram mesmo a todo o planeamento e execução dos atentados de 11 de Setembro, no que acredito ter sido uma das maiores farsas da História contemporânea. Um abalo que depois se veio a repercutir um pouco por toda a servil Europa que se encontra de rastos ante a pressão das corporações e dos seus verdadeiros donos para que se torne num paraíso liberal onde se passa a ganhar muito menos, a trabalhar muito mais e a perder regalias sociais que colocaram a Europa durante décadas na vanguarda de um humanismo socialista de ambos os lados do caído muro de Berlim com diferentes soluções políticas e económicas mas que ditaram um pouco por todo o mundo, desde a Revolução Russa, uma alteração profunda nas relações entre classes. São estas que se pretendem anular da própria História com a ilusão de um capitalismo que funciona num mercado aparentemente desregulado mas sustentado sempre por elites parasitárias que se mantêm ao longo dos séculos como os verdadeiros donos do mundo.

São donos do mundo nos nossos dias os banqueiros. Imagine-se que criaram um sistema político que subjuga a vontade dos povos a uma pouco inocente incompetência dos políticos aparentemente eleitos de forma democrática comandados por estas elites que são efectivamente os seus chefes e donos e que nos prendem numa necessidade constante de dívida fazendo-nos acreditar que assim é necessário para manter o chamado estado social. A dívida é uma forma de escravatura moderna que prende e obriga ao consumo exércitos de incautos cidadão que mergulham em insolvências pessoais a cada dia que passa. À semelhança do que vemos acontecer neste momento com países como um todo.

O orgulho americano ficou ferido, e eu diria que bem propositadamente, com o reinado de Bush. Obama é um líder muito a prazo para que a seguir venha de novo uma face do que é a verdadeira dimensão imperialista dos EUA.

Escrito a letras de ouro na História do mundo vista do lado de cá, não passa de uma nódoa insignificante para o seu próprio povo e para a sua própria História.

Paradoxos...

Special needs...

Há sons sem estilo, sem forma definida e sem padrão estético que não seja o da universal e sublime beleza. e mais uma vez esta deriva da simplicidade.




Placebo- Special needs

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

terrorismo oficial

É oportuno falar de terrorismo oficial quando Portugal acolhe uma cimeira da mais perigosa instituição terrorista a nível mundial, a NATO, da qual inclusivamente é membro...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Spock's beard - The light

É fantástico quando, ainda que, muito ao fundo do túnel, se avista alguma luz. Música como esta é sem dúvida parte de uma qualquer luz que apenas se pode ver nas coisas belas da vida. E a música é uma delas, uma das formas mais sublimes de criação.

Spock's beard - The Light



domingo, 14 de novembro de 2010

Modernidade

Delírios criativos que ficam para a história da música. Nascem como extravagancias e transformam-se em ícones de uma era. já passou, é verdade, mas é esta a verdadeira modernidade...






quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A invocar passados futuros...

gray-out - "Miséria humana" - Orgia

Encontra mais artistas como Gray-Out em Música do Myspace

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Outras motivações...

"De facto, a crise levou à implementação de algumas mudanças na área dos recursos humanos, "focalizadas essencialmente na gestão do líder e na gestão de equipas, sempre tendo em conta a evolução das pessoas", refere Luis Reis, que não tem dúvidas que a motivação é um factor chave para o sucesso e que o facto de se gostar do que se está a fazer e de se sentir útil na empresa conta mais do que a remuneração. E "ter oportunidades de evoluir dentro da empresa é mais importante do que um possível aumento", conclui um estudo do Hay Group sobre o clima de negócios em Portugal. Segundo este estudo, a liderança tem um enorme impacto no clima de uma empresa, rondando actualmente entre os 50 e os 70%."

in http://economico.sapo.pt/noticias/como-gerir-pessoas-e-contrariar-o-pessimismo_103628.html

Ora aqui está uma excelente coisa para se dizer a quem paga. Porque me parecem estes discursos formatados e todos idênticos? E porque colocam sempre o enfoque em não serem os salários a principal fonte de motivação? Nada como realizar estudos por encomenda e dar sempre a resposta esperada como bons prestadores de serviços.

...querem enganar quem mesmo?

A propósito da Cimeira dessa instituição terrorista designada por NATO a 19 e 20 de Novembro, anuncia-se que estamos sob a ameaça terrorista. Boa forma de desviar atenções do mais importante.

Portugal não é palco para tais efeitos especiais. não me parece que estes alarmismos sejam sequer relevantes pois aqui não temos lugar a estas encenações e crimes auto-infligidos para esmagamento intelectual do próprio povo como noutras paragens.

A MAGIA DO SETE

Lembra-se de ouvir os senhores que nos governam a suplicar pela aprovação do Orçamento de Estado, porque caso contrário seria uma catástrofe nos mercados e não teríamos quem nos emprestasse a juros relativamente decentes? Bom, convinha que nos explicassem os entendidos porque motivo, têm os Estados soberanos de depender da banca privada para o seu financiamento. Mas isso são vacas de outra manada. Ontem chegou a triste notícia de que os juros de empréstimos a este saudável país ultrapassaram os sete por cento. E isto com o Orçamento de Estado aprovado e com todas as condições que foram negociadas mais uma vez entre os dois grandes partidos e que vêm também mais uma vez fazer recair os sacrifícios sobre os mesmos de sempre.
É algo de interessante observar que nos nossos dias a política deixou de existir e de fazer sentido. As directivas e as estratégias são definidas pela banca. Os países são propriedade da banca. Ou seja, o poder está na mão de entidades que não são eleitas por ninguém e que representam apenas e só os seus próprios interesses corporativos, familiares e pessoais. O mundo capitalista é uma gigantesca máfia cada vez mais descoberta e descarada e com povos cada vez mais coniventes com o seu próprio esvaziamento de poder.
Penso que está na altura de retirarmos “O Capital” das prateleiras das bibliotecas… antes que saia o “Mein Kampf”…

Mettropolis

Quando a grandes imagens se junta um grande som...

Kraftwerk - Metropolis com imagens do filme com o mesmo nome de Fritz Lang

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fuga para o Espaço...



O irreconhecível para muitos(infelizmente), José Cid

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Qual o segredo de uma equipa de sucesso?



O simples facto de qualquer equipa actuar como um corpo único desprovido de outras vias que não aquela que a faz rumar ao sucesso. O segredo não está, como muitos pensam, numa direcção, numa boa liderança, mas sim em várias lideranças estratégicas posicionadas correctamente ao longo da hierarquia que fazem da confiança, de um estruturado e estudado plano de comunicação ou falta dela, de profissionais competentes e direccionado o mesmo objectivo, motivados pela estabilidade constante de um projecto que é sempre visto a longo prazo. Não é uma cabeça, mas um corpo bem estruturado e com uma estratégia inflexível. Estabilidade, estratégia, competência técnica, visão de médio e longo prazo, estratégia comercial direccionada para a criação de sucesso a curto prazo e mais-valias que sustentam o médio e o longo. E tudo isto muito antes de ser uma realidade empresarial. porque não bebem as organizações nas fontes correctas de sucesso? Fica a questão...

sábado, 6 de novembro de 2010

Meramente um estado de espírito...



Agua de Annique - beautiful one

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Por muito que se possa pensar...

é quase sempre melhor qualquer má teoria que muito boas práticas. A teoria não mente com tanta crueldade.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Em convalescença

… ainda não refeito do facto de ter colocado aqui o Demis Roussos… mas isto passa. Tenho de arranjar qualquer coisa verdadeiramente antagónica…

Ora bem… porque não alguém que vi ao vivo há uns aninhos atrás...

Terje Rypdal Trio - Live

Sons da Grécia

Aphrodite's Child - the four horsemen







Aphrodite's Child - It's Five O' clock






Um dos intervenientes desta banda fantástica dos anos 60/70... nada mais nada menos que o grande senhor Vangelis:









E finalmente aquilo que mais se conhece. Outro grande senhor. Que me perdoem os ouvidos mais rebuscados mas não poderia ficar sem a presença do Demis Roussos tal como está na memória das maiorias que fazem as estatísticas. Mas convenhamos que o tema é fantástico!

domingo, 31 de outubro de 2010

E se amanhã os mercados responderem negativamente?

É uma questão pertinente, creio. Parece que os dois principais partidos, ou seja o grande partido bicéfalo, resolveram entender-se quanto à aprovação do orçamento. Supostamente a não aprovação teria um efeito devastador nos mercados e principalmente no que diz respeito ao financiamento do país. Ao que parece não nos financiam porque não nos sabemos governar É justo. Assim sendo dão-nos financiamento com juros cada vez mais elevados. Faz todo o sentido. Como invejo a inteligência dos economistas. mas não foram eles e as suas receitas que nos fizeram gastar desta forma? Parece-me óbvio que privatizar o que dá lucro e manter o que afunda o Estado é algo que só pode trazer más notícias. mas eu apenas sei ir fazendo contas de merceeiro.

Chagámos assim a um entendimento e parece que faltam uns míseros 500M€ que ainda não sabemos muito bem onde serão "pescados" ou poupados. O acordo foi bem mais do que pacífico e o arrufo de namorados passou muito depressa depois da original e inédita reprimenda do senhor presidente da República, uma sumidade também na Economia que nos afundou. Era mesmo bom que começássemos a fazer alguns exercícios de memória. Não foi o professor Cavaco que introduziu de forma quase massificada o conceito de pré-reforma, atirando para a inutilidade e para uma morte antecipada milhares de trabalhadores e sobrecarregando segurança social sobre o pretexto de necessidade de rejuvenescimento dos quadros? O rejuvenescimento que gerou a fantástica escola financeira que pariu enormes sucessos empresariais como o Banco Português de Negócios. Não foi o actual presidente da nossa República o primeiríssimo a introduzir as desastrosas e ruinosas parcerias publico-privadas? O distintíssimo professor, dizem que um dos nossos melhores.

Não será estranho que, quando nos dizem que temos um estado social falido, vermos que a única parcela do Estado que continua a produzir resultados positivos, baseando-nos nos números da execução orçamental até final de Agosto, é precisamente a Segurança Social, ainda que tenhamos, a reboque de novas modas e velhas manias um sistema que sustenta famílias inteiras de parasitas que nunca quiseram sequer trabalhar e nunca foram pobres... o sistema está montado para parir soluções para os amigos. veja-se o caso "Face Oculta" que está para o PS como o BPN está para o PSD.

Podemos dizer com segurança que duas máfias se uniram de novo para nos tramar mais uma vez dando a imagem que nos salvam das suas próprias constantes incompetências. e certamente muitos destes senhores estarão muitos e muitos anos à frentes das nossas empresas públicas a retirar vencimentos e reformas milionárias como sempre o fizeram. A criar autoridades vazias de sentido como a ERSE que se alimenta da estupidez em que transformaram o nosso mercado energético.

Se amanhã os mercados responderem negativamente mais uma vez estavam e estão errados e as soluções são, afinal, apenas mais uma vez, os nossos problemas!

Não resisti à tentação de prolongar o prazer...

PAIN OF SALVATION - Iter Impius

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Flexibilizar o quê?

Tenho a noção que as soluções encontradas ao nível das cúpulas políticas para as crises cíclicas deste sistema podre são sempre as mesmas. uma delas é flexibilizar despedimentos retirando-lhes a motivação obrigatória de justa causa como ainda determina a contragosto do legislador no actual Código do Trabalho.

Alguns senhores bem colocados das economias, ou seja, aqueles que ao longo dos tempos apenas têm ditado precisamente as dsoluções que nos trouxeram até aqui e que nunca souberam coordenar uma economia tendo mesmo contribuido para a sua destruição no seu mais fundamental aspecto, a produção nacional, gostariam de ver as soluções de sempre aplicadas. E essas soluções são as reduções de salários e essa mesma flexibilização. Dizem que é para contratar e para despedir. Que isso é bom para a economia. Embora seja visivelmente criador de exércitos de profissionais incompetentes à semelhança desses economistas. Se as soluções são sempre as memsas, está visto que a crise cíclica do capitalismo apenas se cura com o seu fim. E o fim do capitalismo está, para estes senhores, no regresso das relações de dependência feudal em que meia dúzia de famílias possuem a esmagadora maioria da propriedade.

Não penso que possa ter outro epíteto para quem defende este tipo de medidas, sobretudo agora, e sobretudo depois de terem responsabilidade técnica e moral sobre todos os falhanços das suas próprias receitas que não o de reles filhos da puta!

Vivemos numa idiocracia!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O que é bom é para repetir...

pain of Salvation - Imago (homines partus)



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Melancolia da chuva

A melancolia da chuva na genialidade da composição. uma melodia fantástica que nos transporta para uma dimensão que não é nada mais nada menos que o limite superior do que chamam vida. Este estado precário entre a inexistência e a morte...

Pain of Salvation - Pluvius Aestivus

Proteja o seu coração!

Desde que inventaram os computadores, as pessoas que têm mania de que são conscientes, como é o meu caso, têm necessidade de, de quando em vez, fazer uma limpeza e dar uma vista de olhos pelos ficheiros e e-mails mais antigos. Mas, como se prova na imagem seguinte, há coisas que não desactualizam, antes pelo contrário, tendem a aumentar exponencialmente. Através de um mail que recebi de uma colega em Novembro de 2009, fica uma ideia bem real da realidade nacional. Estamos necessitados de muitos cardiologistas.

Só digo que é um milagre ainda estar vivo...

domingo, 24 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

venham os sais de frutos...

por vezes deparamo-nos com temas no caminho dos nossos dias de bandas que, por forma alguma, normalmente cairiam no cardápio normal, muito menos nas preferências e ainda pior nos destaques. por mera curiosidade ouvi algo de uma dessas bandas que sempre detestei, sem sequer ouvir... por isso, com alguns sais de fruto mas admitindo que gosto do álbum e fazendo um mea culpa pelo entupimento auditivo à priori...

linkin park - Burning in the Skies

domingo, 17 de outubro de 2010

Soberania penhorada

Por estranho que pareça, até pelo facto de pouco se falar nos cafés destas questões (mesmo sendo o café propriamente dito cada vez mais caro), pouca gente compreende a verdadeira face do sistema que coloca os países, havendo sido acordadas previamente estas absurdas regras, como escravos das vontades das entidades monetárias a nível mundial, mas principalmente das entidades bancárias privadas e das agências de rating. Podemos ser estúpidos ao ponto de nos intoxicarmos indefinidamente com cafeína e outras drogas, mas não são elas que nos tolhem o cérebro a ponto de nunca ser questionado pelas massas populares (um termo arcaico mas que confesso gostar particularmente, mais pelas “massas” que pelo “populares”) porque devemos de facto tanto dinheiro e a quem o devemos. Antes de mais devemos tanto dinheiro porque desde há décadas que este país tem parido a pior escória que tem vindo a apoderar-se dos cargos políticos e dos cargos de gestão pública, de empresas públicas ou ainda de lugares nos privados conquistados às custas da incompetência repleta de favores enquanto na titularidade de cargos políticos. Têm gerido da pior forma o dinheiro que quase todos nós vamos depositando nos cofres do ministério das finanças, gastando da forma irracional em luxos e especiais proveitos, realizando operações absurdas como privatizações de empresas estratégicas e lucrativas ou assunção de erros de gestão e crimes de privados pelos contribuintes. Vão mutilando as contas distribuindo por todos os interesses instalados as benesses das parcerias publico privadas que mais não são que sorvedouros de dinheiros públicos inimputáveis.

Ninguém se questiona porque têm os países de se financiar junto da banca quando organismos internacionais fabricam o dinheiro e o colocam depois no mercado. Ninguém entende porque pode o futuro de um país e consequentemente do seu povo ser colocado à mercê de agências de rating que se compreende de forma tão simples pelo mando de quem vão traçando destinos. Não se lembram as pessoas das consequências irracionais da intervenção de entidades mafiosas e de interesses obscuros como o FMI. Não se compreende a dimensão de tudo isto enquanto se observa, de um sofá, apaixonadamente, a beber cerveja alemã e a comer tremoços marroquinos, um jogo de futebol de uma selecção nacional de uma nação que não existe de facto a não ser na imaginação de uns quantos lunáticos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Talvez seja do delírio da febre...



Peter Murphy A Strange kind of love... não encontro a melhor versão que já ouvi deste tema...

King Crimson...

king Crimson, uma das bandas fundamentais da história da música para quem gosta, claro está...


Do capitalismo industrial ao capitalismo financeiro

A lógica do desenvolvimento do capitalismo industrial era de que seria necessário atribuir às pessoas o poder de consumir, e isso conseguia-se retribuindo o trabalho. Seria então de supor que quanto maior fosse o rendimento disponível, maior o consumo e consequentemente mais saudável a economia e o mercado. Não fosse o teor contraditório na génese deste deste sistema e tudo seria perfeito. No entanto, mesmo os mais acérrimos defensores desse mercado e da sua liberdade tornam-se prisioneiros da necessidade constante de reduzir custos. Mesmo que os lucros sejam continuamente crescentes, o mercado representa sempre uma ameaça. mesmo acumulando milhões de lucros é necessário procurar novas fórmulas para reduzir o custo. O capitalismo industrial globaliza-se e procura mão de obra extremamente mais barata no exterior mesmo que isso custe ter de se importar o que antes se produzia. Em paralelo com a indústria, o sector financeiro foi adquirindo cada vez mais poder. Este financia não só as empresas como mesmo os países através de esquemas pouco claros ou transparentes em que as dívidas de uns se tornam mais importantes que as dívidas de outros e se estabelecem padrões de confiança que dita quanto cada país paga pela sua ineficácia de gestão. A determinados países permite-se e incentiva-se que gastem acima das suas posses. A outros corta-se-lhes essas hipóteses balizando ou criando tectos para as dívidas. à medida que as empresas se internacionalizam tornam-se elas mesmas parte do sistema financeiro e engrossam uma nova forma de capitalismo globalizado a que devemos considerar como capitalismo financeiro. Quem manda no capitalismo financeiro? A banca. A banca controla todos os que têm dívida, o que significa grande parcela dos países, a esmagadora maioria dos cidadãos de cada país, e a grande maioria das empresas que são parcela de interesse da própria banca.

A actual crise foi criada precisamente no seio mais profundo das contradições do capitalismo financeiro. A banca vendeu lixo como ouro e depois colheu os frutos disso mesmo. Porque não vemos uma falência colossal da banca? Porque são os cidadãos contribuintes que, através dos Estados, por múltiplos esquemas, vão pagando as falências da banca. um pouco por todo o mundo isso sucedeu dessa forma, incluindo no nosso país. Ao contrário do que anunciaram não se nacionalizou um banco, antes fez-se uma distribuição pelos contribuintes dos prejuízos criados por uma mega-fraude de um banco privado que veio ao de cima precisamente quando esta crise veio à tona.

Os inimigos do Estado recorreram ao próprio Estado para salvar as suas fortunas e para salvar o sistema tal como o viemos a conhecer nestes anos. Seria normal pressupor que, através de uma aposta nos sectores exportadores e também num incentivo ao consumo interno pudessemos dar a volta à crise instalada. No entanto o capitalismo financeiro vê as coisas de forma diferente.

Existe uma elite de governantes e gestores e esses devem ser premiados mesmo quando nos arruínam. E existe a generalidade da população que vive dos rendimentos do seu trabalho e que forma a grande massa que é a classe média e as classes mais baixas, e a esses devem ser impostas medidas de forte austeridade. Os gurus do capitalismo financeiro vêm como necessários os cortes nos salários como se isso não representasse uma contradição à própria essência do capitalismo e um retrocesso para a era feudal. É uma ideia aberrante pensar que um exército de pobres pode consumir mais e mais quando os bancos que antes atiravam com financiamentos para tudo e mais alguma coisa aos olhos dos cidadãos começam hoje a fechar esse caudal irracional e a filtrar quem pode ou não pagar tanta loucura. com menores rendimentos menores serão as possibilidades para pagar as despesas correntes e muito menos para contrair despesas sobre bens não essenciais. Claro que na prática não é bem assim. A lógica do mercado impede que o cidadão faça uma escolha racional. E isso vê-se principalmente quando essa escolha está no campo da política.

neste momento temos países a serem extorquidos por sistemas financeiros irracionais. Fabricar dinheiro e colocá-lo na banca a um juro marginal para depois essa mesma banca decidir segundo critérios obscuros como e a quem empresta e sob que condições é uma forma de colocar a corda no pescoço de países que, tal como o nosso sacrificou o seu tecido produtivo em busca de uma forma de ganhar dinheiro sem fazer rigorosamente nada. Os governos quase desde o 25 de Abril, sacrificaram a nossa produção em busca de quimeras- Somos um país com problemas demográficos gravíssimos e eliminámos grande parte da produção efectiva. Salvam-nos alguns sectores das novas economias, mas mesmo assim ainda com peso muito reduzido. salvam-nos algumas internacionalizações bem geridas e orquestradas como o caso da EDP ou da PT. Mas é muito pouco.

O que o capitalismo financeiro pretende é precisamente destruir o resto da nossa economia subjugando-nos ainda mais aos delírios das vontades de um sistema viciado e podre. Cortes salariais são uma contradição com a própria lógica capitalista mas servem os interesses de uma das partes muito bem, pelo menos a curto prazo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

E novamente amanhã...

som delirante... OZRIC TENTACLES.

~

Amanhã

Será que vale a pena viver de ilusões? Pensar que o amanhã será diferente, quando nenhum dos amanhãs o foi?

domingo, 10 de outubro de 2010

Peter Gabriel. E existe outra voz que se compare?

Mais um daqueles temas que nos deixam certamente a pensar como é tão ténue a ligação entre a simplicidade e a genialidade... para além de uma grande melodia.


sábado, 9 de outubro de 2010

Escapando um pouco ao óbvio

Não é o tema de que todos se lembrem ou que todos conheçam,por isso é o que escolho para figurar aqui. O outro não cabe no espírito dos dias que passam.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E ainda existem melodias?

Barclay James Harvest - Mockingbird

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Viva a República!

Por muito que tente contaminar a mente de muita gente com as ideias de que a monarquia é um sistema aceitável, mesmo interessante, a verdade é que se trata de uma abjecta aberração política mantida por questões meramente culturais, em países que são efectivamente culturalmente ricos e civilizados. Não é concebível nos nossos dias que a figura máxima representante de um país, de uma nação, de um povo seja ditada por meras questões de determinismo genético. Não faz sentido que não seja o povo a escolher o seu próprio representante máximo como sucede na República.

Uma coisa é certa, no actual panorama, a mediocridade está assegurada nos dois sistemas. a grande diferença é que na República podemos escolher o medíocre que nos representa... portanto, viva a República!

domingo, 3 de outubro de 2010

Paatos - Holding On

Já em vários momentos referi por aqui que a simplicidade por vezes é a mãe das mais belas criações.. Assim de cor algumas me saltam à memória, uma das quais salta de imediato para este espaço. Da Suécia, Paatos.

Daymoon - algo em comum

Uma pequena homenagem a um grande e distante amigo. André Marques na bateria. Que saudades do fabuloso projecto que foram os "Gray-out"! consubstanciado no trabalho "Miséria Humana"

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Van Der Graaf Generator

Por vezes é bom sentirmo-nos à beira da loucura, ou da mais cristalina das clarividências.

Um tema que me acompanha muitas vezes...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lapso imperdoável

Em tanto tempo de presença por aqui e ainda não havia trazido a este espaço uma das melhores bandas de sempre. Fica um dos fantásticos trabalhos da melhor época dos Genesis.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hey you..

...out there in the cold, getting lonely, getting old... out there on you own...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Há coisas que nascem para ser destruidas!...

nem sempre as ideias brilhantes são as mais construtivas. Dado que tudo se encontra na internet nos dias de hoje e dado que o culto a um objecto tão inútil e estúpido como um iPhone através das ferramentas de marketing, achei por bem trazer a este espaço uma verdadeira homenagem ao bom gosto. o gosto pela destruição de uma das farsas mais bem montadas de sempre e de um objecto que é nada mais que um mito ridículo e caro sem qualquer mais-valia em relação a outros equipamentos há muito, muito tempo no mercado. perante a estupidez do mito a estúpida forma da sua destruição. ou quando a internet tenta fazer inveja à televisão.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Glass Hammer

Bom velho prog sinfónico...

Estágios não remunerados são fraude



É necessário termos em conta que crescem as ofertas de estágios não remunerados principalmente na área dos Recursos Humanos. Estes estágios não só são eticamente reprováveis como devem ser denunciados como fraudes ao mercado de trabalho e como atentados aos direitos dos profissionais do sector em causa que se vêem confrontados com uma exploração em massa de mão de obra fazendo-se valer da situação económica que o país atravessa para contribuir para que ela seja ainda pior e se aprofundem as condições que geram a crise económica.

O trabalho gratuito é um atentado contra o direito a um salário sob a fraudulenta desculpa do estágio que repreenta já mais de metade da ofertas de suposto emprego no sector. Fraude porque para além de ser violador de direitos fundamentais ainda provoca um desvio nos dados sobre o desemprego. para todos os efeitos os estagiário que nada recebem são considerados empregados.

Há que intervir de forma firme sobre esta fraude laboral praticada por grande e pequenas empresas do sector e mesmo de outros sectores de actividade.

sábado, 18 de setembro de 2010

Progressivamente de regresso...

... Pain of Salvation: Diffidentia


Sarcozy, a Europa e os ciganos

Parece que finalmente um país europeu está a acordar para uma calamidade social que é a presença parasitária de comunidades ciganas inteiras que vivem meramente de rendimentos sociais e que não só não produzem como não querem produzir e ainda assim se acham no direito de exigir dos estados todas as benesses que não são dadas aos outros cidadãos. A França está a tomar um caminho racional e urgente.

A Europa está necessitada de população, de um rejuvenescimento para que seja sustentável a forma de vida que temos e para que possam continuar da mesma forma as garantias sociais que são apanágio deste velho continente mesmo em países que sempre viram com maus olhos medidas socializantes. O problema demográfico bem como o excesso de garantismo para aqueles que nunca produziram e nunca manifestaram sequer intenção de vir a produzir são questões que podem por em causa o próprio futuro da Europa tal como a conhecemos.

Em Portugal estima-se que mais de 80% dos ciganos de nacionalidade portuguesa ou não, sejam contemplados com rendimentos atribuídos pelo Estado, sendo que na esmagadora maioria das famílias representam a sua única fonte de rendimento. Para todos os outros cidadãos existe uma escolaridade obrigatória que não é de todo imposta a esta comunidade sobretudo aos seus elementos femininos. todos os outros cidadãos são punidos por posse de armas ilegais. na comunidade cigana é comum o porte de armas não licenciado sem que existam verdadeiras consequências. As casas atribuídas a custos controlados sempre em soluções de arrendamento são destruídas e transformadas em acampamentos selvagens. Quase toda uma comunidade vive às custas de uma população já de si saturada de impostos e taxas, de baixos salários e pensões e de parcos direitos e com tendência a piorarem no futuro sob o manto desta crise inventada e criada a gosto de alguns. é caso para dizer que, não podendo nós expatriar ciganos portugueses porque o são, cidadãos de pleno direito, devemos poder obrigar a que se cumpram as leis por esta comunidade e a que haja uma integração plena no cumprimento de todas as normas ou regras sociais. Aos que v~em de fora e estão constantemente a distribuir pelas ruas mulheres e crianças num negócio vergonhoso de mendigagem profissional, a esses deve ser aplicada a solução Sarcozy e devem ser recambiados para o sítio de onde vêm. Não é possível manter estados sociais sustentáveis se temos de suportar comunidades inteiras com estilos de vida parasitários. o discurso hipócrita contra a expulsões de França deve ser reavaliado porque França é de longe muito mais garantista que Portugal e os direitos do povo francês estão muito acima dos nossos. creio que à esquerda é fundamental a compreensão que todos têm de contribuir para que todos possam beneficiar. Não podemos sustentar uma comunidade inteira de bandidos, criminosos ou meramente de preguiçosos profissionais que ainda por cima vivem e constroem o que denominam como cultura na base da ignorância.

Ao agir desta forma Sarcozy assegura a Europa e não atraiçoa, como alguns sugeriram, o seu espírito. Não que nutra qualquer simpatia pelo Presidente francês, mas é fundamental tomar medidas e ter coragem de as assumir e explicar como sucedeu neste caso.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

...mais memórias...

Porque não resisto a ser um pouco politicamente incorrecto! Manuela Moura Guedes e Miguel Esteves Cardoso num fantásctico tema a relembrar. Tão fora do meu universo mas tão dentro do meu espírito...

Mais uma para quem gosta de boas memórias...

sábado, 4 de setembro de 2010

Que justiça esta...

Ao que perece ontem o país parou para ouvir e ver as imagens do julgamento mais mediático das últimas décadas. Pode parecer algo politicamente incorrecto mas não acredito pessoalmente te tenha sido feita qualquer tipo de justiça e muito menos que o julgamento tenha sido sobre algo de real e verdadeiro. Penso que este caso foi um enorme embuste quer a nível da comunicação, quer a nível do sistema judicial. Todos os personagens envolvivos são altamente sinistros, incluindo todos os intervenientes por parte da justiça. nada me leva a crer que os poucos eventuais elementos verdadeiros desta história tenham sequer sido tocados. Uma ou outra figuras terão conseguido as suas vinganças pessoais e certamente que os culpados por todos os acontecimentos que não duvido tenham efectivamente acontecido mas em moldes radicalmente diferentes, continuarão nos seus cantos sem serem perturbados pela justiça. quer no sistema, quer no seu conceito. Pessoalmente também, admito que tenho uma enorme relutância em entender como se condenam indivíduos baseando essa condenação em meras divagações, sem dados concretos. Ouvir as partes do acordão que foram divulgadas foi algo de penoso pois não deu para entender o que sucedeu de facto pois as decisões foram tomadas sobre datas desconhecidas, locais desconhecidos, tudo baseado em meros relatos difusos. A Justiça e o Estado de Direito não podem ser isto. Os crimes que demoram tanto tempo e que são jugados com base numa espécie de sondagem a um povo demais envenenado pelos seus orgãos de comunicação, são crimes que acabam efectivamente sem castigo. Não vale nada a sentença que será produzida pois vem com oito anos de atrasoo, plena de erros processuais, plena manipulação informativa e sem qualquer prova concreta e efectiva.

este caso leva a que, mais uma vez, se descredibilize de forma total um sistema que deixa de ser capaz de se impor porque prova ser permeável por interesses maiores e mesmo por simples necessidade de seguimento lógico aos julgamentos públicos que são feitos pela comunicação social. Independentemente dos vereditos, todos estes arguidos haviam já sido condenado há muito. E todas as vítimas, que as houve, lograram obter os seus bodes expiatórios para vingarem todos os abusos de que foram alvo.

Uma coisa é certa, ninguém sai bem deste processo. E não fico convencido de coisa alguma porque nada foi realmente fundamentado com factos que levem a um cabal conhecimento dos delitos na sua forma e conteúdo e com as pessoas correctas. não acredito que tenha saído a tradução da verdade dos factos nem as personagens daquela leitura. Estamos assim a caminhar para algo muito perigoso e em relação ao qual devemos estar muito atentos.

domingo, 8 de agosto de 2010

Blackberry e a Venezuela



Temos vindo a ouvir ou ler notícias sobre a proibição de determinados serviços suportados pelos terminais Blackberry. O que talvez muita gente não saiba por cá é que estes aparelhos são utilizados de forma massiva para ludibriar o governo venezuelano criando sistemas de comunicações que permitem escapar a todas as formas de controlo actuando no mesmo sentido no qual actuavam alguns orgãos de comunicação social. Um sentido de ilegalidade e de subversão clara. Contudo, e devido ao sistema destes dispositivos, é praticamente impossível desencriptar as comunicações dedicadas entre Blackberry. Daí a enorme popularidade destes aparelhos sobretudo junto de alguma da comunidade portuguesa instalada na venezuela, claramente anti-chavista e que pretende juntar-se às forças que pretendem derrubar o sistema em marcha naquele país. Não será de ter em consideração o cancelamento do funcionameno dos serviços dedicados destes dispositivos da canadiana Research in Motion? Não se trata de um problema dos equipamentos que estão extremamente bem concebidos tendo-se tornado nos sistemas de escritório móvel mais conhecidos como smartphones, mais populares do mercado. trata-se da forma perigosa como podem ser utilizadas algumas das suas funções. Alguns países optaram já por cancelar alguns desses serviços.

sábado, 7 de agosto de 2010

Ironias

Duas das principais marcas de automóveis de luxo encontram-se neste momento nas mãos de companhias de origem asiática. A Jaguar nas mãos da TATA Motors da Índia (comprada por 1,7 mil milhões de euros)e a Volvo nas mãos da também pouco famosa Geely da República Popular da China (negócio consumado por 1, 14 mil milhões de euros). Estamos perante um fenómeno curioso uma vez que os países ocidentais se vão desfazendo de símbolos que são sinónimos de mercados de luxo para empresas de mercados emergentes. Parece assim, que o nosso jet set está condenado a conduzir carros indianos ou chineses, enquanto o privilegiado povo conduz veículos franceses, alemães e italianos. No mínimo algo irónico...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Portagens nas SCUT

A decisão pela introdução nas portagens nas vias que até agora têm sido livres de custos directos para os utilizadores vem, no seguimento de toda uma política continuada de criação flagrante de assimetrias entre diversas zonas do país. No actual contexto é mais um atentado à estabilidade económica já por si muito debilitada na zona norte do país. É uma forma de sacar fundos onde mais profundamente se vão sentir os custos sociais destas medidas. Tanto a nível particular como a nível das pequenas e médias empresas. Origina a montante um aumento generalizado do custo dos produtos e serviços e a consequente baixa de poder económico numa população já por si muito afectada pela evolução desfavorável nos sectores produtivos nacionais.

É fundamental intervir contra mais esta medida potenciadora de maiores assimetrias.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Uma questão civilizacional





Segundo notícia divulgada entre outros locais, aqui, no Malawi, dois homens foram condenados a 14 anos de prisão por se terem casado, um com o outro, entenda-se. é necessário que se entenda a realidade aqui. Não se trata do facto de se terem casado. As acusações nada referem sobre esse facto uma vez que seria contraditório um país permitir casamento entre pessoas do mesmo sexo e depois impedi-las de terem relações sexuais. Foi por este facto que foram efectivamente acusados, tal como está expresso na notícia divulgada.

Mais do que uma questão de modas, mais do que uma questão de poderes instituídos ou escondidos, mais do que uma questão de direitos humanos trata-se aqui de uma questão civilizacional. Não admira que, quando olhamos para as taxas de natalidade e para os números da população dos países africanos e europeus, vemos quem, na realidade está em crescimento e em desenvolvimento. Não se trata de uma questão de mentalidades ou de moral. Trata-se de entender que as coisas, tal como estão a ser construídas na velha e decrépita Europa nada têm a ver com modernos conceitos de liberdade. Nada têm a ver com real preocupação com as pessoas. A Europa poluiu-se de elites múltiplas que a vão destruir a breve trecho. A civilização europeia está em definhamento e em decadência e olhamos de cá para o Malawi como se eles fossem civilizacionalmente atrasados.

Para quem defende que a morte e o desaparecimento é o melhor caminho para a humanidade, sem dúvida que esta irracionalidade civilizacional europeia está a desempenhar em pleno esse papel. Para a Europa se manter com uma população dentro dos limites do não risco de perda de sustentabilidade tem de recorrer à imigração que tanto repudia. Como é possível olhar esta Europa para os países que vão sustentando as suas taras com êxodos de população, com um desdém de superioridade? É como um moribundo que teima em rir-se de um recém-nascido porque julga que este não terá viabilidade para crescer.

O Malawi dá aqui uma lição à velha Europa. Colocam o problema no ponto errado mas a legislação dos países tem destas coisas. Mas a nível civilizacional, basta olhar para os dados e ver quem cresce a nível de população e quem definha. Nesta pseudo-modernidade a que nos vemos condenados inclusivamente agora também em Portugal corremos para esse definhamento assente nestes novos paradigmas sociais. Correcto será dizer que a verdadeira modernidade, ou pós-pós modernidade vem precisamente dali neste tema.
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domingo, 16 de maio de 2010

For You! You know it!



Momentos sublimes. Mais um parentesis ao progressivo.



sábado, 15 de maio de 2010

Case study de Marketing

Com esta visita do Papa Ratzinger, a igreja católica conseguiu mais uma vez, aplicar o marketing de uma forma brilhante e transformar a imagem sombria de um Papa frio e distante, numa figura que preenchesse as medidas de um povo ainda não esquecido do antecessor de Bento XVI, e que tanta importância teve para a continuidade da falsidade histórica tão conveniente à igreja, que foi Fátima.

Um verdadeiro case study de Marketing.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Crise escondida debaixo do tapete

Nada como uma visita papal acrescida de uma vitória do Benfica no campeonato nacional de futebol para fazer esquecer que as coisas estão críticas e que nos estão a tentar aceitar medidas irracionais e desastrosas em nome da sustentabilidade do país. durante uns dias o país para para se cloroformizar. O pior serão as cenas dos próximos capítulos. +E qu enquanto o folclore passa o país permanece a borbulhar...

sábado, 8 de maio de 2010

Laicismo no seu melhor

É suposto que Portugal seja u país em que Estado e igreja (católica apostólica romana, entenda-se) sejam entidades que, longe de se confundirem, nem sequer se tocam. E digo que é duposto porque, ao contrário de tudo quanto é expectável, a visita do cardeal Ratxinger a Portugal vestido de Papa está a fazer paralizar uma boa parte do país. Claro está que é uma aparente contradição. Este país é por si mesmo paralizado por natureza, contudo, esta visita papal está a criar o caos nas três principais cidades do país no dias em que vai dar-se a sua presença. Claro está, Lisboa, Gaia e Porto.

Mas longe de se indignarem, as pessoas parecem (e digo parecem porque ao que me dizem os espectadores de televisão é o uqe é mais transmitido) felizes e contentes porque um fulano nos vai visitar e revirar a vida de milhares de pessoas durante estes dias, sendo que, as condições nas quais o papa irá ser recebido nunca deveriam ser diferentes das mesmas que tem qualquer outro chefe de estado. E esta falta aparente de indignação, sendo certo que ela existe e não é demonstrada porque não interessa que o seja, torna-se mesmo chocante porque, qualquer outro acontecimento que obrigasse a tais medidas de segurança deveras difíceis de entender, seria, no mínimo, alvo de uma profunda inginação e alguns berros. Com o papa Portugal não berra, mesmo que sejam milhares de pessoas afectadas pela impossibilidade de se deslocarem livremente no seu próprio país porque o líder de uma seita maioritária resolve por aqui passear.

Em nome de uma verdadeira fé, deveria sua santidade confiar a sua segurança à própria senhora de Fátima. Não deveria ser o contribuinte de um Estado laico a pagar os devaneios evangelizadores de um líder de uma igreja desesperada por estar em crise crescente e em decadência permanente.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Uma curta

Hoje as organizações são organismos vivos que se regem pelo facto de serem verdadeiras crónicas sobre morte antecipada que pairam permanentemente por cima das cabeças das pessoas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Quando arrumamos a casa à vida...

vamos desencantando algumas boas memórias...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

domingo, 28 de março de 2010

Subsídios e subvenções

Numa altura em que se fala de cortes profundos para aqueles que poucos recursos têm, nomeadamente através dos subsídios de desemprego e das pensões de reforma que continuam a níveis ridículos, continuam a ler-se este tipo de notícias que, na realidade, não são nada de novo! A ver aqui o quanto do nosso património comum vai para subsídios e subvenções aos nossos governantes.

Um PSD renovado?

... e ainda havia por aí quem gozasse o facto de este partido ter apresentado ao país um Primeiro-Ministro como Pedro Santana Lopes (que não considero nem de perto nem de longe que seja tudo aquilo que de mal dele se diz), agora podem fazer festivais de comédia com a ascensão de mais um fantoche político sem qualquer tipo de mérito ou credibilidade publica ou política. O que vale é que os partidos do centro desta ditadura democrática jamais caem por mais ridículos que sejam nas suas escolhas. Senão veja-se o PS e o nosso actual Primeiro-Ministro!

domingo, 14 de março de 2010

Ainda o PEC, sobre o desemprego

Segundo o que foi divulgado pela TSF é intenção do Governo reduzir aos subsídios de desemprego com vista a estimular o regresso à vida activa.

Temos muitos ângulos por onde analisar esta questão. É necessário saber, e com toda a certeza o governo estará munido de uma informação suficientemente clara para argumentar que a redução no subsídio, ou nas condições para a sua obtenção se traduz efectivamente num regresso à vida activa dos actuais desempregados. Sabem então qual o tipo de desempregados que temos e querem-nos de volta à vida activa.

Temos de considerar antes do mais que, os desempregados que têm efectivamente direito ao subsídio de desemprego não são nem de perto nem de longe a totalidade dos desempregados inscritos nos centros de emprego. O seu número é muito menor. Outra coisa a ter em conta é que nos centros de emprego não são os locais ideais para se procurar trabalho real, aquele que existe no dia-a-dia dos mercados de trabalho. Essas oportunidades têm de ser procuradas directamente junto das empresas ou, em alternativa, junto de outras empresas que recrutam nas mais diversas formas. O próprio mercado está estruturado de forma a privilegiar as empresas que prestam serviços nas áreas de recursos humanos em detrimento de uma espécie de mercado social de trabalho que constitui por si só uma utopia que apenas gera ilusões dos mais diversos teores. Assim sendo, temos de considerar se o mercado tem efectivamente capacidade para absorver estas pessoas se elas pretenderem regressar á vida activa. Não querendo trazer para este espaço de breve reflexão dados estatísticos, baseio-me no senso comum, com todo o erro que possa trazer, para afirmar que o mercado não tem essa capacidade. Mas, em conjunto com isso, existe um número considerável de desempregados, que o são de forma sistemática e que não querem de facto, ingressar na vid activa normal de trabalho. E isto pode suceder tendo como um dos possíveis motivos, a não exigência de provas concretas e palpáveis de que o indivíduo (porque a análise tem de ser caso a caso) procura realmente trabalho.

A primeira obrigação do Estado, e o trabalho é antes de mais um direito e assim tem de ser visto, é fazer com que os indivíduos entendam que as oportunidades não nascem em instituições já por si minadas de forma a serem ineficazes. Não existe um mercado social de trabalho porque existe um negócio muito bem estruturado e montado em torno destas questões na esfera privada. E assim sendo, é obrigação do Estado formar os indivíduos para que saibam como e onde procurar trabalho. Faz parte do exercício da cidadania. Para que exista um apoio no desemprego há que haver efectivamente uma situação de desemprego, mas também uma situação de procura e empenho nessa procura de alternativas no mercado. Tem este a capacidade de resposta positiva em muitos dos sectores mais atingidos? Acredito que não tem, de facto e aí sim, deve intervir de uma forma bem mais contundente.

Antes de mais, para distinguir os tipos de desempregados há que promover uma cultura de trabalho alternativo. Quem recebe subsídio de desemprego deve automaticamente estar sujeito a um programa de trabalho social. Claro que não pode ser obrigatório, seria mesmo inconstitucional. Contudo é muito mais fácil premiar com uma extensão de prazo e aumento do rendimento proveniente desse subsídio, aqueles que, procurando efectivamente trabalho, participam na vida social e das comunidades. Aqueles que à partida não aceitam esta solução, serão exactamente os mesmos que estacionam nos centros de emprego à espera que caiam do céu propostas de trabalho. Nestes casos deve haver aquilo que o governo agora sugere, uma redução com vista à reintegração ou integração na vida activa. Mas será que isso produz realmente resultados?

Há que separar desde logo as diversas tipologias de desempregados. Tem de ser visto de forma diferenciada os casos de desemprego involuntário em áreas de actividade que estão por si mesmas em decadência, ou em processos de deslocalização, por exemplo, esvaziando-se em muitos casos o tipo de funções exercidas e para as quais os indivíduos têm formação específica. Ou ainda o trabalho indiferenciado de indivíduos que não têm grande formação e cuja idade não permita o reingresso pleno ao mercado de trabalho até por questões discriminatórias desse mesmo mercado que não cabe aqui analisar. Sem essa diferenciação não é possível qualificar as vontades e cruzá-las com as capacidades de ambos, mercado de trabalho e indivíduos, corresponderem nas suas necessidades mais específicas. O estado tem como obrigação, não conseguir empregos, mas antes preparar as pessoas que efectivamente querem estar na vida activa e que por qualquer problema involuntariamente se encontram em situação de desemprego. Preparar com a informação, como já disse de quais as reais ferramentas ao dispor das pessoas para procurarem “existir” e “contar” para o mercado real de trabalho. Formar os indivíduos que estão à partida mais limitados e fragilizados para as áreas onde existem necessidades específicas quer no sector público quer no sector privado. Ao estado cabe proteger as empresas e os indivíduos adaptando a legislação de forma a premiar os esforços de ambos, empresas e indivíduos, através de incentivos ou reduções fiscais, por exemplo. Mas, um Estado que está empenhado nessa dupla protecção social, pode e deve, ao reduzir no subsídio de desemprego, constituir um fundo que vá complementar os vencimentos, ou seja um subsídio de reingresso que deve ser aplicado em conjunto com benefícios fiscais para os empregadores.

Não me parece ter sido essa a ideia ou ser essa a intenção do governo com esta proposta. Está aqui contemplada a parte do corte que, aparentemente, prejudica aqueles que não querem o regresso á vida activa, mas vai atingir muitos que t~em essa vontade e que por razões de vária ordem não conseguem ingressar ou reingressar no mercado real de trabalho. O Estado é responsável também pela não descriminação na selecção de pessoas nas organizações em função seja de que critério for, excepto a própria vontade de trabalhar.

Mais uma vez, com este tipo de medidas, o que sucede é que o mercado encolhe ainda mais. Não é por causa da redução do subsídio que surgirão mais oportunidades para os que querem, e não vão deixar de viver de expediente aqueles que o não querem.

Portugal, um pequeno país que viu reduzido ao mínimo o seu tecido industrial e que é um país pobre de recursos, dá-se ao luxo de ter políticas sociais que sustentam comunidades inteiras que apenas sobrevivem à custa de formas de parasitarismo social e nada faz para agir contra isso. Houve uma correcção ligeira nas atribuições dos rendimentos mínimos quando passaram a designar-se como rendimentos sociais de inserção. Em alguns casos estes rendimentos acompanham os subsídios de desemprego e temos famílias inteiras que vivem meramente das contribuições sociais.

Os conceitos que estão na génese dos rendimentos de inserção são não só correctos, como fundamentais numa sociedade moderna. Contudo, não podemos confundir rendimentos de inserção com rendimentos fixos de indivíduos, famílias ou comunidades que em circunstancia alguma participam activamente na sociedade contribuindo com o seu trabalho e os seus impostos.

A única forma que é transmitida pelos políticos e nomeadamente pelo poder para resolver esta situação é a aplicação de um critério arbitrário não diferenciando positivamente aqueles que desenvolvem esforços reais de obtenção de trabalho ou que têm condições particulares de limitação no ingresso no mercado real de trabalho.

Quer então parecer, se seguirmos esta linha de pensamento, que apenas se pretende aqui uma medida que não é correctiva nem se aplica apenas aos que não querem, mas antes arbitrária e não diferencia positivamente os que efectivamente querem estar na vida activa. Logo, acaba por ser mais um embuste político e económico pois não gera qualquer mais-valia para a sociedade, para as pessoas atingidas em concreto e para as empresas que efectivamente pretendem criar postos de trabalho e com condições realmente dignas para quem pretende trabalhar.

Esse é o outro prato da balança. As empresas têm de ser protegidas no seu esforço e na sua tarefa social de criar postos de trabalho (quando se trata efectivamente de uma tarefa social que pode e deve existir). E devem ser mais protegidas quanto menos limitativo é o vínculo laboral a criar.

Esta visão global é que deve servir de base a qualquer intervenção nas condições da atribuição do subsídio de desemprego pelo que considero errada a forma de colocar a questão pelo governo. Mais uma vez se cortam precisamente nos elos mais fracos da cadeia. É já um hábito estrutural mas altamente pernicioso do sistema político e económico em que nos têm feito viver.

domingo, 7 de março de 2010

After Crying em Portugal na edição de 2010 do GAR

À semelhança do que tem vibdo a ser já um hábito no panorama musical português, realizar-se-á neste ano a edição de 2010 do Gouveia Art Rock. É um evento que tem vindo a ganhar bastante prestígio internacional e que teve já grandes momentos com presenças muito importantes ao nível da música progressiva. Com algumas alterações no suporte de organização do próprio festival, sucede que parece resistir a alguma desmobilização dos amantes deste género musical. E resiste porque a sua qualidade se impôs a todos os níveis.

Uma presença a destacar este ano é a desta banda húngara, os After Crying. A conhecer ou a relembrar.







O progressivo está de boa saúde e recomenda-se!

sábado, 6 de março de 2010

Sempre a mesma receita

Numa curta análise é necessário ver se entendemos a lógica do pensamento económico que está por trás de decisões desta ordem. Como é necessário manter as contas públicas na ordem e reduzir o défice, uma das soluções apresentadas pelo governo através do Programa de Estabilidade e Crescimento, é precisamente a alienação de participação do Estado em empresas que manifestamente dão lucro e que são um encaixe constante de dinheiro precisamente nos cofres do Estado.

Apresentando-se como uma solução sempre possível no imediato, perece-me que, cortar nas participações rentáveis que o Estado Português detém nas empresas em questão e que vão entrar em mais um processo de privatizações corresponde a vender as galinhas que nos vão dando os ovos para comermos.

À semelhança do passado, o Estado tem alienado participações muito importantes em empresas rentáveis em nome de encaixes extraordinários de dinheiro para diminuir artificialmente o défice. Contudo há dois efeitos a ter em consideração. Ao privatizar, deixando de ter participação, deixa de ter o Estado ganhos com as suas participações. Ganhos esses que são constantes e sustentados. E tem um ganho imediato e definitivo com a venda, que pouco depois é diluído e cessa o seu efeito nas contas públicas. Mas pior ainda, é que o Estado toma a decisão de privatizar aquilo que lhe dá lucro e não aquilo que pesa efectivamente sobre as contas públicas. A TAP pode ser considerada um exemplo disso e está inscrita neste leque de privatizáveis, mas a realidade é que ninguém tem a coragem política de tocar num dos nossos maiores sorvedouros de dinheiros públicos. E antes o fizessem em vez de venderem o que dá lucro. Ao Estado cabe uma importante tarefa de manter empresas como a CP a prestar constantemente um importante serviço à sociedade e principalmente às zonas mais interiores, mesmo havendo sido já tão mutiladas as linhas ferras do nosso país. Mas a TAP não presta esse serviço público até pela sua própria natureza. O que não quer dizer que entenda que a TAP deva ser privatizada. Nenhuma empresa ou participação, principalmente as mais lucrativas, devem ser vendidas.

Alguns exemplos de participações a privatizar são as na Zon, na Lisnave, na Efacec, IPE Macau, Lisnave, SIMAB, Sociedade Águas da Curia e estranhamente para quem ainda tem bem fresco na memória o escândalo que absorveu tantos milhões dos contribuintes portugueses para ser agora vendido a privados indo parar sabe-se lá a que mãos de novo, o Banco Português de Negócios!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ainda fora do Progressivo

Pela primeira vez em Portugal na próxima edição do Rock in Rio Lisboa.



SNOW PATROL

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mentalidades tacanhas

É frequente pesquisarmos por estudos nas mais diversas matérias na internet. Curiosamente só há muito pouco tempo começámos a ver disponibilizados, ainda que de uma forma muito tímida, trabalhos de portugueses. Quase todas as matérias são quase que inundadas com trabalhos, por exemplo, de nacionalidade brasileira. E isto revela aquilo que se passa desde tenra idade nos bancos das escolas. A cultura da competição que se desenvolveu sobretudo depois do enorme falhanço geracional do pós-25 de Abril, trouxe-nos a uma cultura mesquinha da reserva do saber enquanto factor ou arma de competição defensiva ou mesmo agressiva. Faz parte da essência da própria sociedade tal como está concebida essa centralização numm esforço individual negativo e competitivo anulando desde sempre o espírito de colectivo e de cooperação.

Na prática isso traduz-se numa didficuldade enorme em conseguirmos textos sérios sobre os mais diversos temas, pior ainda tratando-se de textos científicos que tenhamm origem nas nossas Universidades. E isso sucede fundamentalmente por duas coisas. A preguiça mental que resulta no simples colar e cortar de textos disponibilizados sem a necessária aferição da validade científica ouda sua autenticidade. Ou por outro lado a falta de vontade de partilhar conhecimento por potencial ameaça. Qualquer uma das duas é a tradução prática da tacanhez de espírito dos portugueses.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Deve ser anedota

Hoje ouvia na TSF que, com este Orçamento de Estado, haveria um desagravamento fiscal caso os salários não aumentassem mais que a inflação, tendo sido esta de 0,8%. Quer isto dizer o obvio. Que se os aumentos dos salários não ultrapassarem a fasquia do aumento das tabelas de deduções, os impostos baixam. Mas, loucura total, na ordem das centésimas de ponto percentual!

Ainda bem que temos especialistas que nos dizem estas coisas. Esperemos não estarmos desgraçados se nos apresentarem um aumento superior aos 0,8%. Não vá o país ficar de um momento para o outro repleto de pessoas a viver com melhores rendimentos! Isso seria uma loucura ainda maior!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E passado algum tempo...

... descobrimos como o tempo voa!!






PORCUPINE TREE - THE INCIDENT (2009) - TIME FLIES

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Portugal - do marialvismo ao rabetismo

Poucas décadas separam estes dois diferentes países, cada um mais decandente que o outro. A esquerda política onde sempre me incluí e continuo a incluir, vê como causa sua e como causa importante a questão tão badalada do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Num país onde existem graves problemas estruturais cometem-se graves erros jurídicos e sociais para tapar buracos de outros mais graves que todos sentimos a cada dia. Sistema jurídico decadente e que não funciona, desde os legisladores incapazes até à aplicação errónea e tardia (quando aplicada) da justiça. Sistema de saúde paralisado e entregue de mão beijada aos serviços privados e às convenções tão convenientes, com um serviço nacional de saúde esvaziado de sentido e de meios. Um sistema de educação que envergonha que está a tomar o mesmo rumo da saúde e está a entregar de mão beijada aos privados aquele dever público tão importante que é educar as novas gerações. A própria concepção do que erradamente ainda chamam de sistema democrático é todos os dias colocada em causa quando o poder está nas mão da economia e não da política. E o que pensam os políticos? Para colmatar todas estas lacunas o melhor é mesmo criar causas absurdas e artificiais como a que aqui se apresenta.

Nem toda a esquerda é consensual nesta matéria. Felizmente existem pessoas que pensam as coisas de forma livre e contra estas modas que derivam de um conceito esquerdista radical e que nada tem a ver com direitos humanos e muito menos com justiça social. Prende-se antes com a destruição de um conceito civilizacional que não deve ser substituido por outro que constitui pior aberração social do que aquela que as nossas actuais instituições já conssubstanciam.

Não defendo um referendo porque pura e simplesmente não creio que ele sirva neste como em nenhum outro caso. Já na matéria da IVG tudo deveria ter sido resolvido em sede própria que era a Assembleia da Republica. Neste caso penso o mesmo. Contudo, e face aos graves problemas de governação que se estão a fazer sentir, esta é uma questão fracturante que ocupa o pensamento das pessoas e as distrai de problemas realmente sérios. E este espaço é mais um aprova disso.

Os políticos, e nomeadamente a esquerda, e muito em particular o PCP deveria distanciar-se pura e simplesmente destas paneleirices. Mas isso é meramente a minha opinião pessoal.