sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

TENS UM CHEFE NA BARRIGA


Olha lá, sim tu
fizeste que mandavas
sem mando lógico
sem subordinado
debaixo das tuas mamas.
Sim tu, olha lá
Não sabes falar sequer
com estrume de cabra
Tens um chefe na barriga
tens uma boca de
fazer chefes ao rodopiar
da língua. tens uma língua
de serpente que
entra e sai sem aviso
tens um chocalho
tens um guizo.
Olha lá, sim tu
fizeste que sabias
da ordem e das ideias.
Mandaste labaredas
de esgoto. Deste o mando.
Fizeste de conta
que sabias pronunciar
palavras, E fingiste,
fingiste, continuaste a fingir
debaixo de uma capa insólita.
Olha lá, sim tu
nem cuidaste de saber
estar ou ser em posto
inventado para os teus
saltos altos.
Fizeste um assalto
à redoma dos medíocres
e pintaste-te em tons
berrantes. E como berras!
Sim tu, olha lá
Berras, e falas como
quem não sabe das letras.
Tens um chefe na barriga
por onde terá entrado?
Ele que te diga, que te diga
Se é que o sabe dizer
Porque penteias de manhã
os caracóis de ranho
E mandas sem saber
sem mando lógico
sem subordinado.
Olha lá, sim tu.
Faz-te à vida de cordel
Monta outro circo
Pinta outra manta
Manda na tua paisagem
faz do folclore que é
o teu estado, transformar-se
em subordinado de ti mesma
E manda-o foder!

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