quarta-feira, 13 de maio de 2009

Os "contras" na Venezuela







Yuban Ortega, Luis Vázquez e Junior Hermoso são os nomes de três jovens venezuelanos, membros de base da JPSUV (a estrutura de juventude do partido PSUV) assassinados na Venezuela pelos movimentos clássicos ultra-direitistas que um pouco por toda a américa latina defendem os interesses das grandes fortunas. O actual caminho da Venezuela é incompatível com os interesses daqueles que só existem sobre a miséria dos outros. É incompatível com a manutenção do poder económico nas mãos dos que estão opostos ao poder político actual.




Assim sendo, como já é tradição por toda a América latina ao longo de décadas (que o digam os vizinhos da Colômbia por exemplo) crescem grupos para-militares que mais clandestinos ou secretos (como este caso da Venezuela) ou ligados às estruturas do poder (como o caso colombiano) vão criando o terror com a intenção clara de matar todas as possibilidades de sucesso de processos revolucionários, matando literalmente os revolucionários.




A História dá-nos conta de infindáveis listas de "desaparecidos" nas mais crueis ditaduras paridas e sustentadas pelo vizinho do norte. A mesma História ensina-nos que em circunstância alguma movimentos que pretendam uma ruptura revolucionária contrária pela sua natureza aos interesses económicos estabelecidos, pode vencer se não esvaziar de poder económico essas elites dominantes. Com essas fortunas contratam-se exércitos, tutelam-se orgãos de comunicação social, financiam-se actos de sabotagem económica e terroristas.




A Venezuela já tem os seus "contras" e se Chávez olhar para Obama como um presidente "diferente" de Bush, Chávez é História! Estes novos movimentos criados de baixo para cima geram uma esperança enorme por todo o mundo de alternativa socialista. O seu carácter único, inovador e experimentalista tem envolvido as pessoas no processo de construção política. Mas mais uma vez o medo pode jogar ocntra estes processos. A ingenuidade destes movimentos que são de um novo tipo pode ser fatal.




Não haja ilusões. Nunca as elites abdicam voluntariamente do seu poder político e económico. A democracia só existe e é válida se ganharem os partidos do sistema. Se isso não suceder, e por qualquer extraordinária alteração histórica sobem ao poder mesmo que pelas vias do sistema eleitoral as forças contrárias aos seus interesses, o resultado é sempre o que se começa a ver na Venezuela. A oposição encontrou neste método a única forma de intimidar o poder. E eliminam precisamente os jovens, pois eles representam uma continuidade de um projecto que as elites pretender ver desaparecido.


P.S: Assassino de Junior Hermoso capturado!

1 comentário:

Luís Rocha disse...

É por isso que uma Revolução tem de estar armada e bem armada. E tem de agir decisivamente.

A base para estas agressões é o grande poder económico que ainda tem o capital privado na Venezuela. É urgente expropriar e nacionalizar todos os monopólios privados e assim acabar com um importante financiamento destes assassinos.

Abraço,
Luís Rocha