sábado, 29 de março de 2008

O mundo do trabalho e a glorificação da filho da putice

Graças a alguns iluminados temos uma sociedade baseada em princípios e valores que nem deveriam ser designados por estas palavras. Os princípios não passam de fins que na grande maioria das vezes não justificam os meios. O mundo do trabalho, como qualquer microcosmos social, por ser feito e criado por homens e mulheres que lutam entre si por qualquer coisa que não podem entender e que apenas os irá entreter até ao momento em que as forças se esgotarem e caírem de cansados ou de mortos. Lutam numa sociedade competitiva e que compete sabe-se lá porque peregrinos motivos. Dizem que as bestas assim mais produzem para que as outras bestas mais consumam. E a produzir e a consumir vivem homens e mulheres e sobretudo crianças cada vez mais educadas e cada vez mais estúpidas entupidas com a mentira de que produzir é foder o colega, o superior ou o subordinado. Que só às bestas cabe mandar e aos jumentos serem mandados em nome da santa concorrência e competitividade.

O mundo do trabalho é, por tudo isto um hino ao lambe-botismo e à filha da putice que leva os energúmenos a subir na escala dos bastardos do capitalismo. De acorrentados e pobres de espírito a carrascos mentecaptos de peito feito a cagar sentenças de vida ou de morte. Assim ditam todas as regras, assim se gerem e se criam as empresas e assim se mantêm felizes para sempre na espiral decrescente de humanidade e competência. O mundo do trabalho premeia justamente aqueles que o não dignificam para que este seja permanentemente desvalorizado. Premeia e potencia os que traem os seus pares e os seus ex-pares e que depressa se transformam em párias, em sustentáculos do micro poder do universo empresarial e do sistema político em geral.

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