segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Manipulação sem vergonha!

Peço a atenção para o texto presente na imagem seguinte. Uma comunicação da agencia Lusa sobre o referendo na Venezuela.

A manipulação torpe apresenta-se sob a forma de uma mentira inqualificável. A considerar os seguintes acpectos:

Estas foram eleições livres e reconhecidas por todos enquanto tal. Mesmo tendo tido grandes influências de fora em favor do voto no NÃO.

O que estava em causa, ao contrário do que diz o texto da notícia, não é a manutenção vitalícia no cargo de presidente de Hugo Rafael Chávez Frias, e muito menos "enquanto assim o desejar". O que estava a votação era uma simples alteração que permita a candidatos (mesmo os da oposição) em cargos desde poder local até à presidência da República possam ter mais do que os dois mandatos a que a constituição permitia.

Na grande maioria dos países democráticos não existe tal limite, estando nas mãos dos eleitores votar pela solução que entenderem. Se entenderem dar 3 ou 4 mandatos a um presidente, governador ou alcaide, poderão fazê-lo.

Esta expressão vomitada no texto de notícia "que poderá permitir ao Presidente Hugo Chávez permanecer vitaliciamente no cargo enquanto assim o desejar" é um símbolo de falta de ética jornalística e de falta à verdade de informação. Pior´, é uma forma de, mentindo, transmitir uma mensagem política dirigida ao anti-chavismo português. Na realidade, esta peça retrata o filho-da-putismo da escola jornalistica moderna escrava dos grandes grupos de comunicação. Basta saber ler e saber entender as coisas para denunciar estas tentativas golpistas à nossa inteligência.

2 comentários:

filipe guerra disse...

Excelente desmontagem.
curiosamente, ou não, o tratamento que a Lusa deu à notícia, foi muito similar ao tratamento dado por diversos órgãos de CS, como a SIC por exemplo.
Houve uma clara tentativa de manipulação, de desinformação e baralhação da opinião pública portuguesa, e presumo que, mundial.
O motivo do referendo foi nitidamente manipulado e apresentado como outro.

um abraço

Paulo Mouta disse...

O problema é que, todo o dia, em todos os meios de comunicação, foi a mesma forma e o mesmo conteúdo. Esta contaminação propositada vai surtindo efeitos pois as pessoas pensam que realmente as coisas são assim. Cá e lá. Porque a doutrina é exactamente a mesma e os interesses dos patrões da comunicação exactamente o mesmo. Vergonhoso!