sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Em solidariedade com todos os trabalhadores do BPN

No meio de toda esta trapalhada que se tornou o caso BPN, o resultado prático da escola económica do cavaquismo, e em inteira concordância com a decisão do governo quanto à nacionalização da instituição bancária é fundamental salientar algumas questões:

- Os trabalhadores do BPN não podem ser os castigados pela mega fraude cometida pelo administrador (pelo que se vê das intervenções de antigos responsáveis com o conhecimento de muitos na estrutura administrativa).

- Um dos pressupostos para a nacionalização justa e legitima é precisamente a defesa da posição dos depositantes mas também a salvaguarda da posição dos trabalhadores do banco.

- O BPN deve manter-se como banco comercial público em concorrência directa e aberta com os bancos comerciais privados dentro do grupo Caixa Geral de Depósitos.

- O caso BPN nada tem em comum com o caso BPP e falsamente aparecem em conjunto nas parangonas dos noticiários. O BPP não é um banco comercial genérico e baseia o seu negócio na gestão de fortunas. Não possui estrutura de agências pelo país e deve olhar-se com muita atenção para a sua composição e estrutura accionista.

- O BPN tem viabilidade mesmo a curto prazo, e por isso mesmo, ainda de pensa e se fala que possam aparecer investidores privados que queiram assumir o controlo do banco. O BPN não deve voltar a mãos privadas. Esse é o negócio habitual, salvar com dinheiros públicos os falhanços e as fraudes privadas para voltar a entregar por ninharias a empresa limpa de quaisquer problemas financeiros.

Por tudo isto penso que o BPN, tal como a CGD devem ser defendidos como bancos públicos que são, e mantidos enquanto tal como espinha dorsal do sistema bancário nacional.

Reafirmando a solidariedade para com os trabalhadores do BPN...

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