quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
A alma ao diabo
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
No Way Out
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Greve Geral v.2011
Dizia-se em tempos que o”o povo é quem mais ordena”, e isso constituiu um princípio básico da construção tendencialmente democrática da nação, que depressa foi transformada nesta amálgama de revanchismo que nos leva a entender, às gerações descendentes dos criadores de Abril, que estes não passaram de cobardes por não terem feito uma verdadeira revolução e por terem deixado escapar incólumes todos aqueles que durante foram décadas os “donos” do país e os sustentáculos do obscurantismo corporativista de Salazar e Marcello. As eleições de Outubro marcaram claramente a intenção de um povo que, na ignorância, na crença ou na imbecilidade deliberada, resolveram devolver à nação os subprodutos elaborados dos resquícios do bolor corporativista. Porque nunca foi aniquilado o poder político. Porque nunca chegou a ser destruída a sua base económica.
Muitos dos actuais mega ricos deste miserável país, saíram alegadamente de cá sem quaisquer bens. E muito rapidamente o capitalismo fez o favor de dizer que necessitava de um exército de empresários para dinamizar uma economia que, não só nunca foi dinamizada, como acabou parasitada por toda a escola ultra-liberal, que, nunca tendo chegado antes ao poder, chegaram agora com todos os ares de prepotência escolástica apelando à fé irracional dos incautos que caíram no conto do vigário, ou que, tal como ele, vivem parasitariamente às custas de um sistema viciado desde a sua fundação. Tendo assim que, eleições seguiram o mesmo padrão de farsa comunicacional que tudo até então e sacrifícios têm que ser feitos em nome da fortuna crescente dos ricos e do empobrecimento irracional e acéfalo dos pobres. Estas eleições foram um acto tão legítimo quanto a prática de um suicídio que tem moldura penal própria. A elição de Passos coelho foi a negação da eutanásia a um país que ainda tinha inclusivamente solução de sobrevivência, numa prática de sadismo político e de masoquismo eleitoral que transporta estes resultados para um patamar de estupidez tão elevados que as torna ilegítimas. E apenas se pode derrubar um governo ilegítimo levado ao poder pela estupidez das massas embrutecidas por um golpe de Estado que resolva construir 26 de Abril em cima do 25.
Hoje, repete-se então uma greve dita geral, mas que todos sabemos que de geral nada pode ter. Não que haja qualquer intenção nesse sentido, mas porque temos mais de setecentos mil desempregados, e a pirâmide demográfica mostra-nos uma população envelhecida e a caminhar para a reforma – eu acrescentaria para a senilidade. Mas ainda temos de analisar todos os contratos de trabalho que não são, todos os micro-empresários que têm de o ser porque não têm outra forma de sobrevivência senão alimentar uma máquina estruturada para fazer dos milionários mais milionários ainda, sustentados nas ordens secretas e outras putarias do género. Um sector privado onde, ainda antes da greve, já adavam a circular documentos onde se exigia a identificação daqueles que haviam a intenção expressa e fazer greve. E todos sabemos para que efeito. Para ir buscar tarefeiros que se sujeitam ao trabalho mendigo para sobreviver ás custas das indigências dos outros. Há sempre uma orde de filhos da puta mesmo nos meios mais miseráveis e autênticos das classes trabalhadoras supostamente esclarecidas. Os encostados da vida, os lambe-botas de sistema e os indignados de ocasião que votaram nesta solução como poderiam ter votado na bomba atómica que o fim seria menos doloroso. A traição é sempre a pior de todas as canalhices, e nas actuais condições há muitos trabalhadores honestos e conscientes que não podem mesmo, em circunstância alguma, fazer greve. O Código de Trabalho tornou-se numa anedota maior ainda que a Constituição que já foi ignorada e contornada por estes vermes que governam a soldo dos seus manobradores. Andamos a pagar os malabarismos de um sistema financeiro para os quais nenhum trabalhador pobre contribui a não ser no roubo contínuo a posteriori dos seus impostos para colmatar os buracos deixados pelos crimes económicos do Presidente Cavaco e da sua escol a de Economia. Os seus fieis discípulos ocuparam os seus lugares e aprenderam a lição de como aumentar fortunas esvaziando totalmente um país, de dinheiro e do resto de soberania que lhe sobrava… O Presidente das reformas antecipadas, mortes anunciadas de gente que aos quarenta e tal anos de idade se viu remetida para o lixo quando esse energúmeno que representa o próprio lixo, foi sucessivamente premiado em eleições pela escória política e económica que ajudou a parir para este país.
Este dia de 24 de Novembro vai representar mais um enorme fracasso das forças do trabalho porque a luta que empreendem é uma luta sem um apoio consciente da enorme maioria embrutecida da população portuguesa, contaminada por televisões e iPhones, que vivem no ideal ainda dos luxos a crédito impostos pelo próprio sistema para que se possa manter, mas dificultado no dia-a-dia por falta de liquidez de bancos que resolveram brincar aos produtos derivados de produtos que não a passaram de enormes fraudes. Ainda assim, representando o que representar esta greve geral, é bom que aconteça, e esperemos que mais gente de trabalho se junte a quem verdadeiramente os defende. Mas ainda não será desta que a luta sai para além do domesticável. E o sistema sabe muito bem que muitas vezes os próprios sindicatos acabam por ser os domadores de algumas situações limite, tornando-se em ultima instância, cúmplices de um sistema irreformável.
sábado, 19 de novembro de 2011
As incongruências técnicas
A moralidade está do lado das carpideiras
Os dois tipos
terça-feira, 15 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Capitalismo, a definição do erro.
Falar de democracia e assistir a um domínio dos interesses financeiros acima dos interesses dos povos naqueles que devem ser os pilares da construção social, é uma contradição abissal. É admitir que só é sustentável um projecto de liberdade se aceitarmos de bom grado que uma elite minoritária dos ricos e poderosos domine todo o processo de construção social, que mais não é que um processo de manutenção da subserviência das maiorias por inacção contra o levantamento de soluções alternativas.
Não existem soluções alternativas que não possuam um carácter revolucionário, no sentido em que não será possível construir onde toda uma máquina imperial tem bem definidas as relações de poder cuja base assenta na ilusão de que os povos escolhem, quando, de facto, e de acordo com a "engenharia do consentimento", as elites escolhem por eles.
Se a vida humana possui um valor intrínseco que é indiferenciado, se a vida de um operário desempregado que ficou sem casa por não a conseguir pagar ao banco é de igual valor à vida do banqueiro que conta a sua vida aos milhões, então porque se espera para suprimir esses milhões a quem os tem, para retirar o verdadeiro poder que oprime todos aqueles que nunca na vida saberão o que é um milhão?
Não vale a pena argumentar contra o comunismo de forma básica e acéfala como vejo, ouço e leio de forma constante quando aquilo que t~em a oferecer ao mundo é uma base de construção social baseada na opulência de uns sobre a miséria de outros. Não vale sequer a pena falarem de erros, porque todos os processos de desenvolvimento social podem estar repletos de erros, mas não são, como o capitalismo é, a própria definição de erro.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
O proto-fascismo militante do governo português
domingo, 16 de outubro de 2011
Inconsequências...
Assusta perceber que os slogans e as frases feitas, as tiradas engraçadas, não são portadoras de caminhos alternativos, e por isso, nesta, como em todas as futuras que existam, deveriam ter estado organicamente todas as forças progressistas e socialistas sem medo das patranhas que os infiltrados já preparam. Esta sempre foi e sempre será uma guerra suja da maioria que manda, mas que apenas existe com a anuência e a responsabilidade directa da maioria que vota.
Foto de Paulete Matos in Esquerda.net
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Crise como álibi
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
República 4.0
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Assédio moral oficial
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Segredos...
Respectáculo
O Acordês
domingo, 28 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Quando a hipocrisia capitalista deriva da estupidez consumista
Conversava há uns dias com emigrantes portugueses na Alemanha que falavam da revolta quase generalizada naquele país contra a marca finlandesa de telemóveis Nokia, na sequência do encerramento da sua fábrica em Bochum no ano de 2008. Diziam que chegaram ao ponto de praticamente não existirem terminais Nokia disponíveis no mercado alemão, mesmo para os eventuais clientes da marca que pretendam continuar a sê-lo, sendo assim um boicote generalizado que perdura até ao presente.
O que deve ser tido em conta neste caso é algo que muitas empresas alemãs, um pouco por todo o mundo, incluindo em Portugal, têm feito, encerrando unidades de produção mesmo em países que são grandes consumidores dos seus produtos apenas por razões de redução de custos de produção. Seria então de considerar que estas empresas que encerram poderiam estar em dificuldades financeiras e, assim sendo, teriam de optar por outras estratégias. Assim não sucedeu quando a unidade de produção das viaturas comercias Opel na Azambuja, mas a dualidade de critérios serve normalmente os mais ricos em favor dos mais pobres, como em todas as outras circunstâncias na vida.
O encerramento da fábrica de Bochum está enquadrado nas consequências lógicas de uma globalização mal compreendida e pior explicada. A referida unidade industrial, havia recebido fundos e benefícios fiscais avultados para a sua instalação na referida cidade alemã.
Ao contrário da esmagadora maioria das empresas alemãs deslocalizadas, a Nokia direccionou a sua produção de equipamentos de baixa e média gama para a Roménia e para a Hungria, respectivamente. A produção no continente asiático foi praticamente abandonada no que diz respeito aos terminais, tendo ficado naquele continente a produção dos acessórios. Podemos dizer que a Nokia limitou a sua produção à Europa, em algo que podia e deveria ser visto como algo de estratégico num momento particularmente difícil para o fabricante finlandês, mas também coincidentemente, num momento de grande dificuldade nas economias europeias.
É precisamente aqui que podemos e devemos analisar o que está por trás deste encerramento da unidade de Bochum. Será apenas uma questão de redução de custos, puro e simples, numa lógica meramente economicista? É óbvio que o fabricante opera num mercado muito agressivo e tem de reduzir os seus custos, mas a origem do problema está a ocidente e a oriente da velha Europa e representa uma das maiores falácias mercantilistas de que há memória.
A origem dos problemas do mais conceituado fabricante de hardware de terminais móveis do mundo está em primeiro plano nos Estados Unidos da América e é gerado pelo poder avassalador de Marketing de duas gigantes tecnológicas, a Apple e a Google. Por outro lado, a oriente, porque os grandes fabricantes emergentes da Ásia, optaram por unir-se à plataforma pseudo-open-source da Google no sentido de reduzir ainda mais custos de produção e aumentar o retorno dos investimentos avultados que estão a fazer em desenvolvimento de hardware. Fabricantes como a HTC e mais recentemente a Samsung e a LG tudo têm feito para conquistar mercado nos terminais móveis um pouco por todo o mundo, sustentados na ideia lançada pela Apple de fazer do sistema operativo escolhido a base fundamental de todo o suposto desenvolvimento tecnológico.
A plataforma Android, e a plataforma iOS da Apple (da qual foram retirar o mote de basear no sistema a evolução tecnológica), cresceram baseados em conceitos avançados de marketing, pese embora o facto de não acompanharem no hardware aquilo que anunciam como sendo as grandes revoluções no software. Daí que se tornou comum a ideia de inovação associada às duas marcas que em nada inovaram de facto em termos de utilização real e funcionalidade dos equipamentos abrangidos pelos sistemas em causa.
Enquanto estes sistemas eram alimentados, a Nokia apostou no desenvolvimento próprio da sua plataforma profissional de sempre, que antes fora desenvolvido de forma fechada por um conjunto de fabricantes, mas que, por razões óbvias, havia de transformar em open source para um rápido desenvolvimento de aplicações em conjunto com o desenvolvimento da plataforma em si. O fabricante finlandês descurou o facto de haver uma pressão de mercado para equipamentos com interactividade meramente táctil e continuou concentrado no seu mercado alvo que havia de se alterar profundamente. Um mercado altera-se quando as necessidades elas próprias lhes são induzidas. Quando se presume ou faz presumir que se geram avanços tecnológicos quando de facto nada de realmente inovador é criado. Contudo não se pode descurar o poder do marketing dos gigantes informáticos que tinham já meio caminho andado para a construção do sucesso.
2008 foi um ano de viragem crítica. A Nokia não havia produzido nada que pudesse rivalizar com uma falácia de marketing crescente e inevitável. Curiosamente a fábrica de Bochum estava algo longe destes temas pois produzia os modelos que viriam a ser transferidos para a Roménia, ou seja, os de gama baixa. Nessa gama de mercado a Nokia manteve e mesmo reforçou a sua presença no mercado. Contudo, o grande problema estava ao nível do desenvolvimento de software e hardware nas categorias superiores, nomeadamente nos “smartphones” onde rivalizou com a plataforma Windows durante alguns anos e depois não acompanhou o aparecimento do iOS e do Android com a mesma intensidade e ferocidade de marketing com que a Apple e a Google defenderam os seus sistemas.
Tal como na linguagem comunicacional política, gerou-se no mercado a ideia de que aquilo que era pretendido destruir, se encontrava obsoleto. Nos sectores tecnológicos a obsolescência faz-se sentir de uma forma demasiado rápida mesmo sendo, de facto, artificial. Foi sendo plantada na cabeça das pessoas a imagem de obsolescência da marca Nokia e do sistema por ela mantido nos seus equipamentos de gama média e alta. Na realidade, o atraso existente na aposta no formato dos equipamentos serviu para que a manobra de marketing (sobretudo da Apple) resultasse em pleno. A pseudo-novidade iPhone transformou-se num ícone de vendasum pouco por todo o mundo e sobretudo na Europa. Mas em paralelo com esta plataforma fechada, e para um público diferente crescia nas suas margens uma multitude de dispositivos baseados no sistema desenvolvido pela Google, que, a par com a Apple, desenvolveu uma campanha gigantesca que originou mesmo a rendição incondicional de grandes marcas como a Sony Ericsson e a HTC. A ironia do destino é que a Sony Ericsson, que sempre foi considerada como o melhor fabricante de hardware de terminais móveis preterindo a plataforma Symbian, que sempre havia equipado os seus equipamentos profissionais, acabou por entrar no universo android, valendo-lhe o quase desaparecimento do mercado em todos os segmentos. Quanto à HTC, que liderara por anos nos smartphones com a plataforma Windows, viu reduzida a sua quota de mercado global, e no mercado europeu desapareceu dos lugares cimeiros. A conjugação de factores que levou ao triunfo da irracionalidade comercial de uma suposta superioridade de sistemas face aos seus concorrentes foi evidente ao ponto de se haver mesmo gerado um fenómeno comum da identificação da nomenclatura do sistema com o objecto em si. E nessa sentido a estratégia das marcas orientais foi muito orientada para um sucesso que estava desenhado embora não se compreenda numa lógica meramente técnica.
O encerramento da fábrica da Nokia em Bochum, bem como notícias posteriores, deveriam alertar as consciências dos europeus para o facto de andarmos a alimentar um sistema de marketing viral. E é viral porque se alimenta de ideias falsas de obsolescência. Não existe qualquer explicação possível para uma supremacia técnica. Essa supremacia é falsa e mesmo fraudulenta. A procura por uma designação que em nada é familiar ao futuro utilizador é a aplicação de todas as técnicas de marketing bem conhecidas. É simples induzir o pensamento de que algo é melhor que outra coisa qualquer, ainda que seja impossível de facto estabelecer comparação directa. Mas as mentiras comerciais, sobretudo as das grandes corporações, transformam-se em verdades com toda a facilidade. As manobras da Apple e da Google surtiram efeito mesmo quando os utilizadores não compreendam de facto que estão a adquirir gato por lebre, que os artigos representam mero lixo comercial em forma de coisas apresentadas como úteis e eficazes. Muitos dos que na Alemanha protestaram violentamente contra a Nokia por encerrar a sua fábrica, transportavam já nos seus bolsos os pedaços de lixo tecnológico produzidos na China e na Coreia, felizes e contentes com o facto de serem portadores do último grito tecnológico que mais não é que a derradeira falácia comercial de derrubou em grande medida a influencia enorme da nokia no mercado europeu. Curiosamente a marca finlandesa continua a produzir na Europa enquanto as suas maiores rivais, Apple, Samsung e LG, vêm da china e da Coreia respectivamente. A Europa continua a enterrar-se nas incongruências de um capitalismo hipócrita que deriva fundamentalmente da estupidez consumista e da absorção facilitada de mentiras inqualificáveis por parte dos gigantes tecnológicos numa política de servilismo integral ao grande império americano.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Alterar o ensino
sábado, 13 de agosto de 2011
A beleza no Progressivo
FERNANDO YVOSKY - Eres Bella (Venezuela - 1975)
(De)Formação
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Estupidez paralelipipédica com a marca da maçã ratada...
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Inúteis, demitam-se!
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Sarcasmo
sexta-feira, 22 de julho de 2011
"Acordês"
terça-feira, 12 de julho de 2011
Consentimento fabricado...
Noam Chomsky - Manufacturing Consent
Manufacturing Consent
quarta-feira, 6 de julho de 2011
O Século do "Eu"
segunda-feira, 4 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Bloqueio a Cuba
sábado, 25 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Anesthetize... Porcupine Tree
domingo, 19 de junho de 2011
Em nome de Deus
"Ratzinger, a Igreja Católica e a Croácia Ustacha"
Ratzinger celebrou uma missa no Hipódromo de Zabreb, no exacto lugar onde o seu antecessor já havia realizado uma missa em 1994, numa altura em que a guerra dos balcâs estava em curso a apenas 40Km daquele local. Não foi por mero acaso que o Vaticano e a Alemanha foram os dois primeiros estados a reconhecerem a Croácia e a Eslovénia, como adiante se verá.
Quem é o cantor Thompson?
Thompson é o infeliz nome artístico escolhido por Marko Perkovic, em homenagem à marca da arma utilizada na guerra dos balcãs. Mas Thompson vai muito mais longe.
A sua popularidade na Croácia deve-se não apenas às suas músicas, mas essencialmente ao carácter ferozmente católico e nazi-fascista da sua mensagem. Thompson gosta de utilizar simbologia e conteúdos fascistas nas suas performances e nas letras das suas músicas, fazendo questão de incendiar os seus concertos com ódio étnico e religioso contra a diversidade e é conhecido pelas suas entradas em cena saudando o público de braço em riste, de forma nazi. Por estas e outras atitudes, os seus concertos já foram proibidos em diversos países europeus como na Suiça.
Já no início da sua carreira as mensagens eram claras na utilização de letras com conteúdos ultranacionalistas e no recurso ao slogan ustacha Za Dom Spremni!(pela pátria prontos!)e em diversas entrevistas e declarações não escondeu o seu ideário, tais como: "não existe nada de mal nas minhas crenças de direita e ustaches", "os sérvios mentem, são esse tipo de gente, são os nossos eternos inimigos"(Julho 2002), "eu não me importo com os simbolos ustache, porque deveria?"(Agosto de 2005), "porque é que o público não deve gritar ustache!, ustache! durante os meus concertos"(Junho 2002).
(Ratzinger, tal como o Papa Karol Wojtyla recebe Thompson)
(a simbologia ustacha e nazi-fascista sempre presente nos concertos de Thompson)
Só uma impossível dose de bonomia ou de ingenuidade poderia desculpar a atitude consecutiva de dois Papas, em receber em tão hedionda personagem.
Ratzinger, que de há muitos anos a esta parte juntou à sua actividade teológica o domínio do rumo político e ideológico da Igreja Católica é o mesmo homem que na sua juventude pertenceu às "Juventudes Hitlerianas"(uma força avançada para os mais ideologicamente convictos). E na sua recente passagem pela Croácia foi muito além no branqueamento da História e no seu revisionismo, insultando e provocando as vítimas do holocausto nazi na Croácia, ao prestar homenagem ao tumulo do Cardeal Alojizje Stepinac.
Quem foi o Cardeal Alojizje Stepinac? Qual a sua relação e o que foi a Croácia ustacha?
Em 10 de Maio de 1941, logo após a entrada em Zagreb das tropas nazis de Hitler, nasce o NDH(Nezavisna Drzava Hrvatska), o Estado Independente da Croácia liderado por Ante Pavelic. Este Estado, tutelado pela Alemanha nazi, obedeceria igualmente ao princípio de um fuhrer subordinado a Adolf Hitler.
Durante este período, o Papa, de então, recebeu pessoalmente Ante Pavelic e uma delegação da Irmandade dos Grandes Cruzados, encarregados de converter ao catolicismo os povos daquela região.
(O Cardeal Alojzilze Stepinac com altas instâncias nazi-fascistas italianas, alemãs e croatas)
(Stejpan Filipovic, comunista croata enforcado aos 26 anos grita "morte ao fascismo, liberdade para o povo")
(o Cardeal Stepinac e os generais Ustacha)
No NDH, a confusão entre Estado e Igreja, entre políticos, militares, cardeais e padres era total. As suas declarações demonstram grande complementariedade. O Cardeal Stepinac considera que "depois de tudo, os croatas e os sérvio, pertencem a dois mundos diferentes, um polo norte e um polo sul, nunca se darão bem, nem por milagre de Deus", o Ministro da Justiça, o Ustacha Milan Zanitcha acha "Este Estado, o nosso país, é nosso e só nosso, não é para mais nínguem, limparemos dele todos os sérvios ortodoxos(...)Não ocultamos as nossas intenções, seremos fieis aos princípios Ustacha", mas palavras do Ministro da Educação Mile Budak conseguem ser ainda mais claras "A base do movimento Ustacha é a religião. Para as minorias como os sérvios, os judeus ou os ciganos temos três milhões de balas. Mataremos um terço da população sérvia, deportaremos outro terço e o outro terço converteremos na religião católica até que se assimilem como croatas".
A violência extremada impressionou também as próprias forças fascistas italianas que controlavam parte do território croata e que se recusavam a devolver aos Ustacha alguns refugiados que chegavam à sua zona de controle. Tal facto revoltou o Cardeal Stepinac, que em carta ao Bispo de Mostar lhe escreve "se a parte mais católica da Croácia o deixar de ser no futuro, tal responsabilidade ante Deus e a História será da Itália católica".
A conversão forçada ao catolicismo, não obstante a sua carga simbólica e a violência que pressupunha para os convertidos, não era possível para todos. Primeiro porque ela pressuponha um preço de 180 dinares a entregar à Igreja Católica, e segundo, porque dessa conversão ficavam excluídos os sérvios com maior escolaridade, no pressuposto que estes nunca fariam uma real conversão. Quem não tivesse posses ou tivesse estudos era exterminado sem contemplações.
Um pormenor(!) sórdido deste genocídio consiste no facto de que parte das atrocidades cometidas e de vários dos mandantes dos campos de extermínio serem sacerdotes e sobretudo padres franciscanos. Era quase impossível desenvolver-se uma acção punitiva Ustacha sem a presença de um padre franciscano. Sendo que destes, o mais conhecido de todos foi o padre franciscano Miroslav Filipovic, director do campo de extermínio de Jasenovac.
(o líder Ustacha Ante Pavelic rodeado de freiras)
O Campo de Extermínio de Jasenovac
Dos vários campos de extermínio edificados pelos Ustacha, o campo de Jasenovac foi o maior de todos, calculando-se que aí foram brutalmente assassinadas várias centenas de milhares de pessoas, maioritariamente sérvios, judeus, ciganos e croatas comunistas. Existem estimativas que apontam o número total de 700mil pessoas.
O campo possuia ainda no seu complexo um campo para crianças em Sisak e outro para mulheres em Stara Gradiska. Ainda que, muitas mulheres tenham sido deportadas para a Alemanha nazi e diversas crianças entregues a orfanatos católicos.
Refira-se também que as condições de permanência no campo eram desumanas, sem higiéne, bens alimentares ou a água necessários para a sobrevivência e ainda a obrigação de trabalhar. O campo era dirigido por Vjekoslav Luburic
(a entrada no Campo de Extermínio de Jasenovac)
O extermínio em Jasenovac era feito de diversas maneiras: por rajada de metralhadora, por cremação, envenenamento e uso de gases tóxicos(Ziklon B e dióxido sulfúrico) e através da faca srbosjek conhecida por "mata-sérvios".
Os extermínios tinham lugar em Granik, Gradina, Mlaka e Jablanac e ainda Velika Kustarica. Sendo que à medida que a derrota das forças do Eixo se aproximava, o ritmo de extermínio ia aumentando. Os corpos das vítimas eram cremados ou atirados ao rio.
(Srbosjek, a "mata-sérvios)
(guarda Ustacha numa vala comum)
(corpos esquartejados deixados no rio)
Um relato de um dos guardas do campo de Jasenovak ficou para a posteridade, segundo ele, "o franciscano Pero Brzyca, Ante Zrinuzic, Sipka e eu fizémos uma aposta para ver quam mataria mais prisioneiros numa noite. A matança começou e depois de uma hora eu já tinha morto muito mais que eles. Sentia-me no sétimo céu. Nunca tinha tido tanto extase na minha vida. Depois de duas horas já tinha morto mais de 1100 pessoas, enquanto os outros não conseguiram assassinar mais de 300 ou 400 cada um. E depois, no auge deste prazer reparei num velho que me olhava indiferente. Esse olhar impressionou-me, congelei durante algum tempo e nem me conseguia mexer. Aproximei-me dele e descobri que era do povo de Klepci, perto de Kapijina, e que toda a sua família já tinha sido assassinado enquanto ele trabalhava no bosque. Falava para mim com uma incompreensível paz que me incomodava muito mais que os desgarrados gritos que ouvia ao meu redor. Imediatamente senti a necessidade de terminara com a sua paz mediante a tortura, mediante o seu sofrimento, para poder voltar ao meu extase, para poder continuar a retirar prazer de infligir dor.
Ordenei-lhe que gritasse Viva Pavelic! ou corto-te uma orelha. Não falou. Cortei-lhe a orelha. Não disse nada. Disse-lhe que gritasse Viva Pavelic! ou corto-te a outra orelha. Não disse nada. Cortei-lhe a outra orelha. Ameacei-o que lhe cortava o nariz se não gritasse Viva Pavelic!, ao que ele me respondeu "Faça o seu trabalho, criatura". Estas palavras confundiram-me e congelaram-me, arranquei-lhe os olhos, depois o coração, cortei-lhe a garganta de orelha a orelha. Mas algo se rompeu dentro de mim e não consegui matar mais nessa noite. O franciscano Pero Brsyca ganhou a aposta e eu paguei-lhe".
A Igreja Católica soube sempre o que se estava a passar. Padres e bispos da região houve que se entretinham a enviar cartas para o Vaticano onde até escreviam poesia sobre estes acontecimentos. Ante Pavelic tinha o desplante de oferecer ao seu biógrafo pessoal e a alguns dignatários estrangeiros cestas carregadas de olhos humanos, e a rádio BBC em 16 de Fevereiro de 1942 reportava "As maiores atrocidades estão a ser cometidas à volta do Arcebispo de Zagreb. Correm rios de sangue. Os ortodoxos estão a ser condenados à força a converter-se ao catolicismo e não ouvimos do Arcebispo uma palavra de revolta sobre isto. Em vez disso, sabe-se que está tomar parte em desfiles nazis e fascistas".
Filipe Guerra in "O Quotidiano da miséria!"
quinta-feira, 16 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Pesadelo...
Pedro Norman
Do Japão, Kimio Mizutani - A Bottle Of Codeine
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Venham as malas de cartão...
sábado, 4 de junho de 2011
É lógico, não é?
...λεφτά υπάρχουν! (μια διάλεξη με τον Richard D. Wolff) from isopedotes on Vimeo.
sábado, 28 de maio de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
Recursos Humanos - Contributos da Psicologia
sexta-feira, 6 de maio de 2011
“Estamos aqui para comunicar" ou os contra-censos da gestão moderna
A principal contradição apresentada hoje nas organizações é a necessidade de uma reestruturação face a uma polivalência de recursos quando logo a seguir se comunica que a base para o crescimento é a diferenciação face aos outros players no segmento em causa.
A polivalência de recursos é sempre possível até um determinado nível, que será aquele que não seja percepcionado do lado de fora. Trata-se efectivamente de um processo de desqualificação e de desespecialização quando começam a ser evidenciadas as limitações ao nível de recursos. Se atentarmos no facto de ser a especialização e a excelência os principais factores diferenciadores entre organizações que, cada vez mais se assemelham no seu funcionamento e na sua filosofia, temos aqui uma impossibilidade de gestão ou uma prática de comunicação errónea que pode trazer maus indicadores ou ser de facto um aviso à navegação de que existem processos de mudança, mas não se compreende muito bem qual a dimensão e quais os contornos desta.
Isto é claro quando a própria economia está em mudança, quando se pensa que menores rendimentos trazem mais riqueza ou menos gastos às organizações quando não existe sequer a preocupação de entender qual a real parcela de valor que um trabalhador gera enquanto tal, mas também enquanto cliente e enquanto veículo de transmissão a terceiros clientes e potenciais clientes. Não olhar para esta verdadeira força ou subestimá-la, e ainda por cima com uma transmissão de ideias e com lançamento de comunicação contraditória, pode ser significativo quando se compreende a real dimensão das coisas.
Não é possível diferenciar pela banalização ou pela medianidade. Não é possível querer saber tudo de forma especializada porque existe uma impossibilidade intelectual e material para que isso suceda. O caminho de uma polivalência acima do visível ao exterior significa obrigatoriamente uma indiferenciação do trabalho, mas também um nivelamento por baixo nos standards de serviços e produtos, nomeadamente ao nível de know how uqe é atirado borda fora pela sua desvalorização principalmente a nível remuneratório.
Estas formas de comunicar contra-sensos na gestão moderna implicam no mundo empresarial o mesmo que a comunicação política implica na condução dos rumos de um país. E sabemos como, em conjunto, economistas e políticos, têm contribuído para a destruição de modos e standards de vida que até agora era dados como garantidos. O que acontece não é uma falta de rendimento mas antes uma distribuição demasiado assimétrica do mesmo levando a uma concentração numa minoria que tem hábitos de consumo muito específicos levando à destruição de muitos sectores de actividade, ou então à criação de grandes corporações que vão cada vez mais esmagando trabalhadores e consumidores, quer pela via do marketing, quer pela via da perda de direitos e regalias mesmo quando existe uma ilusão de que eles efectivamente existem.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Carta de condolências ao Presidente dos Estados Unidos da América
Caro Presidente dos Estados Unidos da América, Sr. Barack Hussein Obama,
Sei que, com esta carta, venho interpretar uma dor que poucos terão sentido, mas que, estando profundamente escondida no seu íntimo e de muitos que o acompanham, não deixa de existir e de lhe causar um aperto no peito. Dor pela perda de um velho amigo e aliado que se sacrificou a uma vida de retiro tão especial em nome do estilo de vida americano que o senhor presidente tão bem personifica. Dor, pela perda de um companheiro de décadas, que ajudou o seu país na luta contra o domínio soviético no Afeganistão quando a URSS via entrar o islamismo fundamentalista pelas suas fronteiras. Financiado pela sua agência de inteligência central ajudou com os seus mujahidines a derrotar as tropas soviéticas que ousaram invadir este país estável e pacífico que viveu sempre para alimentar economicamente os seus exércitos de espiões com o dinheiro do ópio. Dor, pelo desaparecimento de um verdadeiro patriota americano ainda que disfarçado de inimigo. Aquele que, em nome dos interesses do país que o senhor tão bem representa, aceitou fazer de peão num jogo de auto-mutilação que foi aquele ao qual chamaram de atentados de 11 de Setembro de 2001 na cidade de Nova Iorque, para que uma nova ordem mundial pudesse ser finalmente estabelecida e o seu país pudesse intervir arbitrariamente em qualquer ponto do mundo sem que os outros países lhe retirassem uma legitimidade moral para tais intervenções. Dor, por aquele que levou essa legitimidade ao ponto de ser conseguido um domínio pelo seu país sobre os países com as mais importantes reservas de petróleo do mundo, e aberto as portas para futuras intervenções nos restantes. Sabemos o quão escasso é esse bem, que estamos já na fase descendente da sua extracção e que cada vez implica maiores custos consegui-lo. Dor e pesar, por aquele que, em nome do bem-estar e do modo de vida americano se sacrificou a viver em montanhas como um animal selvagem e a ser falsamente perseguido pelos seus exércitos. Dor e pesar, por aquele que terá cometido (a ser real o que o senhor presidente transmitiu como notícia) um sacrifício que cada vez menos americanos estão dispostos a fazer pelo seu próprio país, o da morte, numa altura em que esta era tão importante para si, que lhe garantirá uma reeleição, e que permitirá ao seu povo descansar em paz sob a ilusão de que tudo está bem quando acaba bem. Mas, caro presidente, morreu o mais patriota dos americanos que, não o sendo, o foi como poucos. Um árabe que dedicou toda a sua vida a servir o país do senhor presidente e a abrir caminho para o que o senhor e os seus antecessores necessitavam. Morreu um patriota para que possam continuar a queimar impunemente um quarto dos recursos naturais escassos do mundo.
Como era de se prever, a sua dor foi contida e mesmo disfarçada de contentamento e a cultura e sabedoria dos seus soldados proporcionaram ao seu velho amigo e aliado um final desejado pelo próprio provavelmente convertido ao cristianismo, uma vez que os islâmicos não se sepultam daquela forma. O senhor não iria, mesmo disfarçando tão bem, cometer um atentado à memória de um dos maiores aliados do seu país desrespeitando a sua religião. Estou certo, por aquilo que vou conhecendo de si, que nunca o faria.
Por tudo isto, a minhas mais profundas condolências pelo desaparecimento do mais patriota dos americanos não americano Osama Bin Laden. Agora está a descansar em paz na certeza de que cumpriu integralmente a missão que lhe foi entregue, se realmente for verdade a sua morte.
Com os cumprimentos de sempre.
sábado, 30 de abril de 2011
Contos de fodas
quinta-feira, 14 de abril de 2011
FMI está aqui...
quarta-feira, 13 de abril de 2011
perceber a economia actual à Esquerda, sem complexos
Criar, produzir, construir, resistir, persistir e lutar...
Mas também é certo que, nessa imaginação, nessa fonte inesgotável de criatividade que o ser humano tem quando quer efectivamente ter, estão todas as respostas para a construção de novos caminhos, ou de velhos com novas roupagens, que nos possam devolver a dignidade, fazendo quebrar todos os elos de dependências parasitárias que os presentes sistemas têm como sua própria essência.
Criar, produzir, construir, resistir, persistir e lutar, são palavras que devem voltar a fazer parte da nossa linguagem corrente. Devem-nos guiar, a cada um no seu espaço com o intuito de aplicarmos conhecimentos e talentos de forma não só eficaz como eficiente.
Nestes dias aparecemos rendidos a dois tipos escumalha diferente. Àquela que nos desgovernou durante décadas e nos afundou na ausência de produção de quase todos os tipos criando e aprofundando formas intensas de dependência. E àquela que, aproveitando-se oportunamente da primeira, vem agora colher os restos de um país afundado na sua própria falta de senso, insanidade colectiva pelo delírio de grandeza consumista, quando em contrapartida nada se produz que efectivamente contraponha os gastos que nos fazem querer ter.
sábado, 9 de abril de 2011
Estados de Espírito
Texto de Pedro Norman
domingo, 3 de abril de 2011
Compreender o fenómeno
segunda-feira, 28 de março de 2011
Sindicatos e precários
Realmente neste campo há que fazer um trabalho imenso dentro das centrais sindicais de intenso combate a estas situações precárias, mas também de uma enorme protecção aos trabalhadores envolvidos, ainda que não sindicalizados. Outras formas de organização têm de ser encontradas. A solidariedade e a luta nascem precisamente neste tipo de atitudes e não no abandono.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Godspeed You! black Empreror
Godspeed You! black Empreror - Blaise Bailey Finnegan III [1 of 2]
terça-feira, 22 de março de 2011
Mais papistas que o Papa II
Estamos a parir uma nova sociedade de bufos que se alimentam da crise, que se comportam como accionistas ou mandatários dos mesmos quando não passam de assalariados descartáveis e geram climas de mal-estar permanente. Delatores, parasitas, porcos e traidores da sua própria classe para saltarem para o patamar seguinte na cadeia do trabalho assalariado.
Mais papistas que o Papa I
É inadmissível que as academias preparem as pessoas numa óptica de pensamento único quando deveriam ser pólos ou fóruns de discussão aberta e clara do temas mais graves que se colocam à nossa sociedade actual. Mais do que uma demissão, há uma tendência premeditada e construída intencionalmente no sentido de alinhar o ensino com a forma actual de organização social que se provou desastrosa e mesmo anti-social. Querer compactuar no ensino e nas organizações com as desculpas que nos servem os incapazes que nos governam é o mesmo que assumirmos que preparamos as próximas gerações para o seu suicídio intelectual e moral. Assumir que estratégias empresariais são mais importantes que realidades sociais é absorver a ideia que as organizações são entidades supra-humanas quando elas existem porque a sociedade permite a sua existência compensando-as com a possibilidade de uns poucos enriquecerem às custas do trabalho de uma vasta maioria. Sociedade essa que nem sequer se preocupa com mecanismos de reequilíbrio a curto ou médio prazo ou com a constitucional e justa distribuição da riqueza. Depois querem despedir. E querem esmagar mais ainda salários. E enquanto isso determinados sectores florescem às custas do culto da suposta crise que se manifesta apenas para alguns. As academias e as organizações trabalham neste momento para um fim comum, por muito estranho que isso possa parecer, e esse fim é a continuidade de um sistema agonizante e podre, social e moralmente falando. Quando nesta altura deveríamos estar nos caminhos alternativos. É necessário chegarmos ao mesmo ponto a que chegou a Islândia?
segunda-feira, 14 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
segunda-feira, 7 de março de 2011
Sem palavras...
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Memórias.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Repressão...
Em Cuba, manifestação das damas de Branco
Em Espanha, ou melhor dizendo no País Basco governado por Espanha
Retirado daqui
Podemos então depreender que um regime considerado uma ditadura há 50 anos conta com o seu próprio povo para reprimir com... palavras. Onde estão os exércitos, as tropas de choque e as bastonadas? Ficam para quem as conseguir inventar.