terça-feira, 26 de agosto de 2008

Primavera de Praga – 40 anos

Chamo a atenção para uma compilação de textos sobre este tema, com o devido filtro crítico na análise dos conteúdos, no site da publicação on-line do Bloco de Esquerda. Conto em breve tecer algumas considerações sobre esta compilação e sobre este tema.

Já não é novidade, uma vez que está presente noutros textos meus, a importância atribuída a este episódio histórico cuja interrupção foi responsável pelo atraso de décadas no processo de consciencialização da inseparabilidade dos conceitos de socialismo e democracia. No entanto, e como nada nesta vida é simples, o processo democrático não pode ser o motor para uma regressão histórica. Não podemos imaginar um regresso ao feudalismo ou ao esclavagismo por via da democracia. No entanto o fascismo é um regime que tem a sua génese na democracia burguesa e nas crises sistémicas do sistema capitalista. Esta contradição torna a superação do capitalismo pelas vias democráticas em processos que podemos acompanhar na América Latina em laboratórios históricos que se igualam a este episódio que foi interrompido justamente na sua fase mais criativa e num país que sempre foi considerado o mais comunista da Europa.

Embora possa ser aparentemente de difícil compreensão tentarei explicar, (tal como me foi transmitido pela principal figura interveniente no processo) a posição algo confusa e mesmo contraditória do PCP em relação a esta matéria na altura.

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